Índice geral Especial
Especial
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Na ponta da língua

Brasileiro busca aliar conhecimento de idiomas, cultura e turismo viajando em família para o exterior

DOMINGOS ZAPAROLLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É cada vez maior o interesse do brasileiro em aperfeiçoar seus conhecimentos por meio de cursos no exterior. A Belta (Associação Brasileira de Operadoras de Viagens Educacionais e Culturais) estima que 282 mil estudantes participem de algum tipo de intercâmbio neste ano, gerando US$ 2 bilhões em negócios para agências, companhias aéreas, escolas e meios de hospedagem. Em 2011, foram 215 mil viajantes.

Os cursos de idiomas são os mais procurados para intercâmbio, representam 60% das matrículas. Programas de "high school" (ensino médio) aparecem em segundo lugar, com 22,5%. A realização de cursos de férias nas mais diferentes áreas de interesse, como culinária, cinema, arte e moda, respondem por 11% dos embarques (confira 21 opções de cursos na pág. 12).

O crescimento acelerado do setor, segundo os especialistas, é observado há cinco anos, embalado, entre outros fatores, pela economia estável, pelo ganho de poder aquisitivo da população e pela preocupação do brasileiro em se preparar para um mercado de trabalho mais competitivo.

Embora os preços sejam atrelados ao dólar, a recente desvalorização da moeda brasileira ainda não refletiu no setor. A justificativa é simples: é possível pagar a viagem em até 24 vezes.

Os adolescentes e os jovens, entre 18 e 28 anos, são os que mais participam de intercâmbios, respondendo por 95 % das viagens. Mas, nos últimos anos, a opção de fazer turismo educacional e cultural tem despertado o interesse de novos públicos. Entre os novatos, estão executivos, viajantes com mais de 50 anos e profissionais liberais, além de famílias.

O intercâmbio familiar é uma tendência que ganha força a cada ano. A administradora de empresas Helga Gentil, 34, o marido, Luiz Eduardo Perez, 50, e os filhos Bernardo, 9, e Maria Clara, 5, passaram 40 dias entre janeiro e fevereiro de 2011 em Londres. Luiz Eduardo domina o inglês, mas Helga sentia necessidade de um aperfeiçoamento.

Em Londres, a administradora realizou um curso matinal no Eurocentres (escola de idiomas) durante 30 dias. Nas tardes, uma professora particular, que não falava português, acompanhava a família em atividades pela cidade, ao custo de 35 libras a hora.

"Foi uma imersão. As aulas eram muito dinâmicas e todos se envolveram", diz Helga. "Voltei ao Brasil confiante a ponto de fazer uma apresentação no idioma para clientes estrangeiros."

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.