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Residências tomam lugar de indústrias em cidades do ABC

Melhora da infraestrutura e preços mais baixos atraem famílias de classe média

JULIANA ELIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Restaurantes como Outback, La Pasta Gialla e Mr Jack's, inaugurados há um ano em São Bernardo do Campo, e até então inéditos no ABC, tornaram-se pontos de encontro.

Fazem parte da nova área do Shopping Metrópole -um dos cinco centros comerciais em expansão ou recém-construídos entre São Bernardo e a vizinha Santo André.

O desembarque em massa nos shoppings acompanha a ampliação geral na oferta de serviços dessas cidades, que vai de lojas de grife até hospitais e universidades e modifica o perfil de locais que cresceram como distritos industriais ao redor da capital.

"Hoje, temos uma infraestrutura muito maior para a classe média e os preços dos imóveis, em muitos endereços, ainda compensam em relação aos de São Paulo", diz Milton Casari, dono da Casari Imóveis, no ABC.

Isso significa que os tipos de empreendimento cujos preços passam dos R$ 7.000 por metro quadrado em bairros paulistanos mais centrais, como Ipiranga ou Vila Mariana, ainda são encontrados, em Santo André ou São Bernardo, por até R$ 5.000 o metro quadrado.

Entre os compradores que aquecem o mercado estão principalmente as famílias locais com renda crescente, mas também há paulistanos que deixaram a capital em busca de opções de moradia mais em conta.

"Geralmente, são pessoas que já têm algum vínculo com as cidades do ABC, como trabalho ou família, e acabam vindo para cá", afirma Hélio Korehisa, diretor comercial da construtora MZM.

MAIS ESPAÇO

Com o movimento de desindustrialização, os moradores ganham também mais espaço nos imóveis, já que as construtoras puderam aproveitar terrenos gigantescos deixados por fábricas.

A Tognato, que produz cobertores, deu lugar a um condomínio de 18 prédios em São Bernardo. Uma antiga área industrial da família Matarazzo, na rodovia Anchieta, foi ocupada por dez torres.

Brastemp, Pirelli e fabricantes de tintas, fertilizantes e plásticos são outras cujos terrenos estão hoje tomados pelos empreendimentos comerciais e residenciais.

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