Análise

Quatro anos depois, melhoras 'patinam' na zona norte

São Paulo melhorou ou piorou nos últimos quatro anos? Em quais bairros da cidade se percebe evolução na qualidade de vida? Em quais bairros os moradores identificam retrocesso?

A nova tomada do DNA Paulistano responde não só a perguntas frequentes do imaginário paulistano, como também à demanda urgente por canais de participação da população com rigor científico, sem viés político.

Solicitar notas de zero a dez aos moradores de cada um dos 96 distritos da cidade sobre vários aspectos do cotidiano, e comparar os resultados com os obtidos em 2008, é compor um mapa abrangente das mudanças na relação do paulistano com seu bairro e sua cidade.

A proposta é instituir mais um parâmetro de monitoramento das condições de vida por meio de levantamentos sistemáticos de opinião pública.

Sem a leitura estratificada pelo local de moradia, o diagnóstico da zona norte, retratada neste caderno, poderia sugerir uma aparente estabilidade dos bairros da região.

Só o detalhamento por bairros é que evidencia um quadro mais definido do que aconteceu na zona norte nos últimos quatro anos. Subdivida em duas áreas, a norte 1, que contempla distritos como Santana e Jaçanã, apresenta tendência de piora discreta, influenciada principalmente pelos desempenhos negativos de Vila Medeiros, Mandaqui, Vila Maria e Tremembé.

A norte 2, com distritos como Casa Verde, Freguesia do Ó e Limão apresenta tendência oposta -ligeira melhora, impulsionada especialmente pela evolução na opinião dos moradores da Brasilândia. O distrito, que no último DNA amargou a lanterna no ranking de satisfação de todos os bairros de São Paulo, continua como o pior avaliado da região, mas é o único que apresenta índices melhores quando comparados aos de quatro anos atrás.

Dos aspectos pesquisados a ocorrência de enchentes piorou principalmente nos distritos de Perus, São Domingos, Freguesia do Ó e Jaçanã. Piorou também a nota à oferta na área de ensino nos bairros de Freguesia do Ó, Vila Maria e Tremembé. Também no Tremembé, além de no distrito de Anhanguera, notam-se as piores evoluções do quesito trânsito.

Demonstram alguma evolução, a iluminação de ruas e avenidas, ações para idosos, atividades culturais, eventos para jovens e acessibilidade para deficientes físicos, especialmente nos bairros de Brasilândia e Freguesia do Ó.