Itaim Paulista, onde medo do crime saltou três vezes, sofre com assaltos

A nova iluminação colocada na viela Quinze, perto da casa do operador de produção Oripis Antonio Silva, 56, até tornou a passagem por ali mais segura, mas não o suficiente para inibir os assaltos nas proximidades da rua Mixira, no Itaim Paulista.

Há cerca de 40 anos no bairro, Silva diz que as coisas até melhoraram na região, mas a insegurança prevalece. Os números do Datafolha mostram que a preocupação com violência, principal problema no bairro, triplicou de 2008 para cá -saltou de 7% para 21%.

"É muito assalto aqui. Pior que é tudo moleque novo. Acredito que seja por causa de droga", afirma.

Silva diz que gostaria de ver mais rondas da Polícia Militar ali. "A gente sente falta."

Mineiro de Monte Azul, perto da divisa com a Bahia, ele vê no crescimento desordenado da região o motivo do crescimento da violência.

ALTOS ÍNDICES

Mas há bairros em situação pior. No distrito de São Rafael, a preocupação com a violência pulou de 5% para 22%. Em pontos mais próximos ao centro, a sensação de insegurança segue. No Tatuapé, oscilou de 9% para 20%.

Em nota, a PM informou que tem intensificado, nas áreas apontadas pela reportagem, o policiamento ostensivo a pé e de motocicleta.

A corporação diz que, só na Mooca, de janeiro até julho, foram recuperados 533 carros roubados.

Já nas regiões de Itaim Paulista e Cidade Tiradentes, um total de 2.149 carros foram recuperados e 1.460 criminosos foram presos.