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Vila Formosa se 'arma' contra a violência

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A empresária Ana Fanganiello, 36, tem um costume que irrita o pai: dormir com as portas sem passar a chave. Hoje, casada e com dois filhos, o hábito persiste.

Ana mora no badalado Jardim Anália Franco, região da Vila Formosa.

De 2008 para cá, a segurança do prédio, que já tem cerca elétrica, guarita com vigia e segurança na garagem, foi reforçada. Ganhou cobertura de vigilância externa 24h e câmeras ultramodernas.

Esse é um sintoma de boa parte da zona leste.

Preocupados com a violência, 58% dos entrevistados dizem ter algum tipo de proteção em casa, segundo a pesquisa Datafolha. Em 2008, eles eram 55%.

Na Vila Formosa, cresceu o percentual de moradores que instalaram janelas e portas especiais nos últimos quatro anos. Salto de 20% para 36%. É um dos distritos que apresentam maior crescimento, segundo o Datafolha.

Na região de Artur Alvim, a proteção por grade alta passou de 25% para 50%, de acorcom com a pesquisa. Já no Belém, 10% dos moradores diziam tê-las. Agora, são 24%.

Para Leandro Piquet, coordenador do programa de segurança pública da USP, "armar" a casa é uma tendência de grandes centros.

"É uma resposta racional da população com a situação atual", explica o estudioso.

Piquet, porém, analisa que ostentar grande aparato de segurança pode atrair o assaltante. "Fica evidente que ali tem bens de valor."

Duas grandes construtoras avisam que os seus novos empreendimentos naquela região da zona leste terão leitura biométrica nas portas, guaritas blindadas e sensor infravermelho nos muros.

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