Índice geral Especial
Especial
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Aumenta a parcela de classe B na metrópole

Em quatro anos, cresce também o número de paulistanos com diploma, de 16% para 20%

LILO BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Marianna Ramos, 23, formou-se em administração há um ano, não vive sem internet, nem perde a série "Once Upon a Time", do canal pago Sony. Além disso, adora sapatos. Tem 40 pares.

A jovem bancária, moradora de Pirituba (zona norte), é um bom retrato do que mudou em São Paulo de 2008 para cá.

Segundo o Datafolha, a cidade está mais rica, estudiosa e conectada. A pesquisa revela que o número de pessoas que concluíram o ensino superior saltou de 16% para 20%.

A alta é puxada pelo centro (24% para 36%) e pela zona sul (15% para 20%). A zona oeste continua sendo o reduto intelectual da cidade (40%). Do lado oposto, está a zona leste (15%), coladinha na zona norte (16%).

Os distritos com mais canudos são Jardim Paulista (oeste), com 74%, Moema (sul) e Perdizes (oeste), ambos com 68%. Quem tem menos diplomas são Marsilac e Parelheiros (sul), com 5% cada um.

Para Rodrigo Capelato, diretor do Semesp (sindicato das universidades privadas), essa alta é fruto do acesso das classes C e D às instituições de nível superior.

"Os cursos à distância e os tecnológicos são grandes impulsionadores desse mercado." Programas do governo, como ProUni (Programa Universidade para Todos), e o aquecimento da economia ajudam a explicar o aumento, diz.

O levantamento do Datafolha mostra também que o percentual de pessoas que pertencem à classe B aumentou de 33% para 38% (a classe A se manteve com 5%).

Já os grupos mais pobres tiveram tendência de queda. A classe C foi de 53% para 50%, a D foi de 8% para 7% e a E foi de 1% para 0%.

O crescimento da classe B aconteceu no centro (34% para 40%), no leste (32% para 38%) e no sul (30% para 36%) da cidade. As zonas oeste e norte mantiveram seus índices, com 46% e 36%.

Por distrito, há mais moradores da classe B em Perdizes (oeste), com 61%, e na Vila Mariana (sul), com 60%. Menos na Vila Andrade (sul), com 21%, e no Capão Redondo (sul), com 22%.

Os paulistanos também estão mais conectados à internet (51% para 59%) e veem mais TV paga (33% para 50%).

O que caiu, nos últimos quatro anos, foi o percentual de desempregados na cidade. Foi de 14% para 9%.

A bancária Marianna, que abre esta reportagem, indica que irá adiante.

"Eu não vou parar. Quero aproveitar o plano de carreira no banco e fazer uma pós."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.