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Cursos customizados

Escolas investem em segmentação para atrair alunos e formar profissionais em áreas com alta demanda

COLABORAÇÃO PARA FOLHA

O mercado de MBA passa por uma sofisticação na oferta de cursos. Apesar de a marca "Master in Business Administration" ter sido criada para definir uma pós-graduação que forma profissionais generalistas de administração, as escolas brasileiras têm criado MBAs segmentados.

Alguns cursos oferecem especialização em finanças, gestão de tecnologia da informação e gestão de luxo.

Para o diretor-executivo da Anamba (Associação Nacional de MBA), Armando Dal Colletto, ao procurar um curso especializado, o aluno tem de ficar atento à grade curricular. A Anamba recomenda que os MBAs especializados tenham 70% do conteúdo composto por disciplinas de administração e 30% das horas ocupadas com a especificidade escolhida.

Elisa Moser, 28, fez MBA em finanças com ênfase em mercado de capitais na Fundação Getulio Vargas, em Florianópolis (SC). Para ela, fazer um curso especializado foi a chance de se aprofundar em um assunto pelo qual ela já manifestava interesse na graduação em administração que cursou.

"O contato com profissionais mais experientes foi diferencial." Ela explica que foi importante ter aula com professores que atuavam no mercado. As conversas a estimularam a prestar um concurso em um banco, no Rio de Janeiro, onde vive desde 2010.

PERSPECTIVAS

José Eduardo Fiamengui Júnior, 28, escolheu um MBA de gestão estratégica da tecnologia da informação. Ele já tinha feito um curso de especialização em banco de dados anteriormente e hoje trabalha como especialista em performance na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Como benefício, ele cita ter adquirido novas perspectivas em relação ao dia a dia da organização. "Agora eu estou começando a me preparar para algumas certificações na área de gestão", explica.

NOVOS DESAFIOS

Para Othamar Gama Filho, diretor-geral da agência Recruiters, um MBA pode ajudar um profissional a mudar de área. "Nós temos visto que o MBA está servindo como uma chance de dar uma guinada na carreira. Tem gente que se forma em áreas como biologia, filosofia e muda para outras fazendo MBA", explica Gama Filho.

É o caso de João Pedro Lisboa, 26, que começou em maio um MBA em marketing digital na FGV, em São Paulo. Graduado pela USP em ciências da computação, sentiu falta de conhecimento para sua atividade atual. Lisboa atua como programador da Rakuten, empresa de comércio eletrônico.

"No trabalho eu acabava me deparando com problemas do cliente, que tinha dúvidas sobre seu modelo de negócio e sobre como fazer a divulgação do serviço", explica Lisboa.

Além da aplicação do trabalho atual, ele também está abrindo seu próprio negócio, uma empresa de marketing digital, e acredita que os conhecimentos em administração do curso vão ser fundamentais para a nova empreitada.

(TALITA FERNANDES)

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