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Barueri é líder de lançamentos de salas

Desde 2006, a cidade é a única da região metropolitana, além da capital, a lançar novas unidades todos anos

Crescimento da população, preços menores e benefícios fiscais movimentam o mercado imobiliário

THIAGO SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A cidade de Barueri (30 km da capital paulista) atende, por mês, 200 pedidos de abertura de empresas. Para suprir essa demanda, o município está há sete anos entre os que mais lançam salas comerciais na Grande São Paulo.

Sem considerar a capital, é a única cidade da região metropolitana que lançou unidades todos os anos desde 2006 e foi a campeã de empreendimentos nos primeiros oito meses de 2012, segundo a consultoria Geoimovel.

O crescimento ocorre, principalmente, em Alphaville. A infraestrutura comparável à de bairros nobres de São Paulo, a população flutuante de 200 mil trabalhadores e benefícios fiscais do município atraíram as construtoras, segundo a diretora-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca, Fátima Rodrigues.

Cláudio Zafiro, diretor regional da Odebrecht Realizações Imobiliárias, confirma. "O custo final de ocupação [que inclui construção e manutenção] é competitivo se comparado com São Paulo."

Investidores enxergam boas oportunidades de negócios. "No ano passado, comprei uma sala comercial para alugá-la, mas só a valorização do imóvel nesse período já compensou o investimento", diz Paulo Castanheira, 44, gerente financeiro de uma construtora.

Um fenômeno recente é a migração de lançamentos de Alphaville para cidades com menor custo, como Osasco (22 km da capital).

Para Alessandro Sartori, diretor da consultoria CB Richard Ellis, há uma acomodação do mercado no bairro, já que o ritmo de lançamentos estava elevado (aumento acima de 40% ao ano no número de unidades em relação às já existentes). "Ainda assim, o volume entre 2010 e este ano se manteve em torno de 30%", diz Sartori.

Além de salas comerciais, Alphaville atrai ainda lançamentos de lajes corporativas, voltadas a grandes empresas.

A CB Richard Ellis diz que, até 2015, Alphaville saltará de 600 mil para 1,1 milhão de metros quadrados de escritórios de alto padrão.

RESIDENCIAIS

Os mercados de imóveis residenciais e comerciais de Alphaville se complementam.

"Muitos empresários que já moravam aqui trouxeram suas empresas para a região", afirma o diretor comercial da MPD, Cláudio Landsberg.

As novas unidades residenciais têm cerca de 65 metros quadrados, ocupam a região central e se valorizam rapidamente. Quem aproveitou a onda comemora, como o advogado Leandro Crass, 39, que decidiu investir na região em 2008. "Minha família e eu estamos satisfeitos", disse.

De janeiro a julho deste ano, a cidade lançou 2.089 unidades, segundo o Secovi-SP (sindicato da habitação).

NA INTERNET
Leia sobre a verticalização de residenciais em Alphaville
folha.com/no1145408

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