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Especialistas recomendam cautela aos investidores

Grande volume de lançamentos de escritórios aumenta concorrência e diminui taxa de retorno com aluguéis

THIAGO SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Especialistas dizem que, no atual cenário, o investidor que pretende alugar a unidade comercial deve ser cauteloso na decisão de compra. Para Mark Turnbull, diretor do Secovi-SP (sindicato da habitação), quem está recebendo unidades comerciais neste semestre poderá ter dificuldade para locá-las.

"Os estoques estão muito altos em algumas regiões. É preciso se preparar para pelo menos um ano sem alugar a sala", afirma Turnbull. "Durante esse ano, o investidor terá que arcar ainda com as taxas de condomínio e o IPTU", acrescenta.

Cláudio Tavares, professor do núcleo "real estate" da USP, acrescenta ainda outros cuidados. "É preciso ficar atento à taxa de vacância, ao estoque e às novas unidades que estão sendo construídas na região em que se pretende investir", diz.

Uma concorrência elevada com outros escritórios pode fazer com que todos sejam forçados a baixar o preço dos aluguéis, explica o professor. "Já há indícios desse comportamento. Nos últimos anos, os preços dos imóveis vêm subindo mais do que os valores dos aluguéis", afirma o professor.

Esse descompasso prejudica a recuperação do investimento feito na aquisição da sala, portanto o comprador deve considerar a possibilidade de baixa no cálculo de sua taxa de retorno. "A taxa mais adequada para esse tipo de investimento varia de 9% a 10% ao ano."

MODERAÇÃO

O professor acredita que as construtoras já estão atentas a essa questão e, por isso, diminuíram o ritmo de lançamentos de salas comerciais. "Contribuem para isso, ainda, a expectativa de crescimento moderado da economia nos próximos anos e o próprio caixa das empresas, que se expandiram muito e estão com orçamentos apertados", diz Tavares.

Essa redução dos lançamentos pode amenizar o problema de queda dos aluguéis, segundo Fátima Rodrigues, diretora-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca.

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