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Cresce a pulverização do poder nas grandes cidades

Agora, 16 partidos vão governar as 85 maiores prefeituras ante 11 em 2008

Oposição avança no grupo de cidades que inclui as capitais e as que têm mais de 200 mil eleitores

DO COORDENADOR-ADJUNTO
DA AGÊNCIA FOLHA

O grupo de partidos que administra ao menos uma das 85 cidades mais importantes do país saltou de 11 em 2008 para 16 nas eleições deste ano, mostrando uma pulverização do poder político no cenário nacional.

Considerando apenas as 26 capitais, o número de partidos com o controle de ao menos uma prefeitura passou de 9 para 11 legendas.

Os partidos estreantes na administração desse grupo de prefeituras -que inclui capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores- vão administrar 11 municípios.

Entre eles está o PSD, que apesar de comandar a capital paulista e outras quatro cidades do grupo, disputou sua primeira eleição em 2012.

Apenas um partido deixou o grupo: o PTB, que vencera em três cidades em 2008.

Apesar da derrota em São Paulo, a oposição ao governo Dilma Rousseff avançou nesse grupo. O PSDB passou de 9 para 15 cidades nesse grupo de municípios, que concentra 36% do eleitorado. Ampliou ainda de 3,3 milhões para 6,3 milhões o número de eleitores sob sua administração.

Contribuíram para o resultado as vitórias em quatro capitais -Belém, Maceió, Teresina e Manaus. No Amazonas, uma vitória pessoal de Arthur Virgílio sobre Dilma e o ex-presidente Lula, que se empenharam pela senadora Vanessa Grazziotin (PC do B).

Desidratado pela criação do PSD, o DEM também ganhou fôlego e saiu de zero para cinco prefeituras no G85, entre elas Aracaju e Salvador, terceiro colégio eleitoral do país. Vai governar 3,1 milhões de eleitores nesse grupo.

A vitória com ACM Neto na capital baiana garante ainda visibilidade à sigla em um Estado governado há seis anos pelo PT, com Jaques Wagner.

Outra sigla opositora a sair do zero para avançar no G85 foi o PPS, que levou três prefeituras -entre elas Vitória- e 726 mil eleitores. O PSOL governará sua primeira capital, Macapá, com Clécio Vieira.

O PT perdeu seis prefeituras no G85 (foi de 22 para 16 agora), mas continua líder entre os partidos em número de cidades e eleitorado governado. Com a vitória de Fernando Haddad em São Paulo, passará de 9,9 milhões para 15,2 milhões sob sua gestão.

E, se teve sua principal vitória em São Paulo, o PT sai das urnas com menos capitais (quatro, ante as sete atuais) e derrotas para o aliado PSB em importantes centros, como Belo Horizonte, Recife, Cuiabá, Fortaleza e Campinas.

O PSB do governador Eduardo Campos mais que dobrou sua performance no G85: foi de 5 para 11 cidades e de 3,3 milhões para 7,7 milhões de eleitores. É a segunda legenda do país em eleitorado sob sua gestão nesse clube.

Até então vice-líder do G85, o PMDB perdeu terreno: agora a quarta maior sigla no grupo. O PDT também recuou, mas manteve três capitais.

(THIAGO GUIMARÃES)

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