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Ex-senador obtém principal vitória tucana

Em Manaus, Arthur Virgílio obtém 2/3 dos votos válidos contra Vanessa Grazziotin (PC do B)

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS
AGUIRRE TALENTO
ENVIADO ESPECIAL A MANAUS

O ex-senador Arthur Virgílio (PSDB) obteve em Manaus a principal vitória do seu partido nas eleições municipais.

O tucano foi eleito prefeito ao derrotar Vanessa Grazziotin (PC do B), candidata que contou com a presença, em comícios, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Virgílio obteve 66% dos votos, ante 34% de Grazziotin. A diferença, superior a 200 mil votos, é recorde para um segundo turno em Manaus, cidade que costuma ter resultados apertados.

A vitória tucana representou uma revanche, já que foi justamente Grazziotin quem derrotou Virgílio em 2010 na disputa para o Senado, principalmente por causa da votação obtida no interior.

Também significa uma vitória contra Lula, que se empenhou para impedir que a prefeitura ficasse nas mãos do ex-senador. Virgílio é desafeto do ex-presidente porque, durante seu mandato no Senado (2003-2010), foi um dos principais líderes da oposição ao governo Lula.

Os resultados de Manaus e outras capitais dão uma nova configuração ao cenário político nacional, já que o PSDB sai dessas eleições com o comando de quatro capitais das regiões Norte e Nordeste, onde tradicionalmente o PT e seus aliados costumam ser mais fortes eleitoralmente.

Além de Manaus, o PSDB ganhou em Belém e Teresina no segundo turno. O partido já havia sido vitorioso em Maceió no primeiro.

DEBATE NO PSDB

Em 2008, o PSDB também ganhou quatro capitais -duas na região Nordeste (São Luís e Teresina), uma no Centro-Oeste (Cuiabá) e outra no Sul (Curitiba).

Virgílio afirmou que vai propor ao PSDB uma reunião para discutir a renovação da legenda: "O grande desafio da gente é não deixar que o nosso discurso envelheça".

Afirmou ainda que vai procurar a presidente Dilma para firmar parcerias com o governo federal. "O palanque acabou. Enfrentamos forças poderosas e as vencemos."

Ele anunciou um cronograma para a transição de governo e disse que em janeiro fará uma reforma administrativa para diminuir gastos.

Grazziotin evitou culpar seus apoiadores pela derrota: "Quando o candidato é vitorioso, todos são responsáveis pela vitória. Quando o candidato não vence a eleição, a culpa é do candidato".

A candidata afirmou que foi vítima de uma "campanha suja" por causa da distribuição de panfletos contra ela.

Grazziotin disse que pensa em escrever um livro sobre a campanha para explicar como o tucano "transformou inverdades em verdades".

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