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entrevista
Ex-diretor da Capes fala sobre mudar avaliação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Renato Janine Ribeiro, 59,
ex-diretor de avaliação da Capes -deixou o cargo em outubro- falou à Folha sobre propostas para mudar o processo de exame dos cursos.
(RGV)
FOLHA - Que mudanças podem-se esperar nos critérios da próxima
avaliação trienal da Capes?
RENATO JANINE RIBEIRO - Tínhamos planejado implantar a
avaliação da produção científica publicada em livro levando em conta se é tese, dissertação ou coletânea de artigos
e a tradição da editora.
FOLHA - O que mais mudou?
RIBEIRO - Avançamos na
construção do SIR [Sistema
de Indicadores de Resultados], que permite quantificar
detalhadamente a qualidade.
Se um curso é "bom", pode ser
"muito bom" em orientação e
"regular" em produção científica. O aluno pode valorizar
mais a orientação, e terá mais
parâmetros para escolher. A
ideia era disponibilizar os dados na internet. Não sei se a
direção o fará [procurada pela
Folha, a Capes não deu entrevista sobre o tema].
FOLHA - Havia interesse em avaliar especializações?
RIBEIRO - Até outubro não havia nada nessa direção. Não
teríamos condições de assumir. O Ministério da Educação pediu para avaliarmos a
residência médica, mas não
tínhamos quadro. Sobre "lato
sensu", sugeri avaliação por
adesão, com limite de 50 por
ano. Mas não foi dado nenhum passo nessa direção.
FOLHA - A avaliação do mestrado
profissionalizante deverá mudar?
RIBEIRO - É necessário parar
de querer comparar duas coisas diferentes [mestrados
acadêmico e profissionalizante]. Cogitávamos mudar a
avaliação do mestrado profissionalizante de notas para
conceitos (A, B, C ou recomendado) e fazer um "manual do mestrado profissionalizante", com uma ficha de
avaliação mais didática, mas
isso também se perdeu.
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