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CIÊNCIAS DA SAÚDE
Área demanda especialista em saúde coletiva
Órgãos valorizam quem fez mestrado profissionalizante
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Saúde coletiva é um ramo
que ganha destaque na grande
área de ciências da saúde, embora medicina tenha o maior
número de alunos.
A demanda por profissionais
especializados é boa, e o mercado valoriza especialmente
quem fez mestrado profissionalizante, diz Rita Barata, representante da área na Capes.
"Com a criação do SUS [Sistema Único de Saúde], quase
todas as secretarias estaduais e
algumas municipais precisam
de pessoal capacitado", diz.
Já os que fazem mestrado
acadêmico são procurados para
dar aula nos cursos de saúde, e
os que têm doutorado coordenam centros de pesquisa, como
o IAL (Instituto Adolfo Lutz),
laboratório central de saúde
pública do Estado de São Paulo.
Entre seus 920 funcionários,
99 são doutores, 101 são mestres, e 87, especialistas. Suas titulações não se restringem à
saúde coletiva -englobam controle de doenças, ciências farmacêuticas e biociências.
"Cargos de comando são distribuídos sob indicação.Técnicos de direção necessitam de
especialização em saúde pública ou de experiência comprovada em direção em saúde pública", explica Regina de Almeida, diretora da divisão de
laboratórios regionais do IAL.
"O número [de titulados]
cresceu muito em cinco anos.
Temos funcionários com pós-doutorado", diz Almeida. Uma
das razões é a consolidação dos
programas de pós em laboratório de saúde pública.
De olho na tecnologia
No campo da medicina, o
número de alunos que buscam
se especializar é crescente,
principalmente depois que os
programas de pós passaram a
aceitar quem não é médico.
"Quase todos criaram especializações em outras áreas",
diz João Leite, representante
de Medicina 2, a maior das
subáreas de saúde na Capes.
O Conselho Federal de Medicina apoia a tendência, conta
Roberto d'Avila, vice-presidente do órgão. "Mas em áreas básicas [como farmacologia, genética e anatomia], não nas que
envolvem tratar pacientes."
Esse fenômeno se deve à demanda do mercado, já que inovações tecnológicas permeiam
cada vez mais o dia-a-dia dos
médicos, desde o diagnóstico
até a cirurgia -que hoje pode
ser feita ao lado de robôs.
"Com o crescimento da complexidade tecnológica, outros
profissionais precisam desenvolver pesquisa na área", explica Leite. O médico, por sua vez,
deve se atualizar em tecnologia.
Vagas nas federais
Para atuar fora do meio acadêmico, ter feito mestrado ou
especialização basta. Já para
trabalhar em faculdades ou
universidades, deve-se ter título de doutor, sinônimo de pesquisa. "Nas públicas, doutorado
é pré-requisito", afirma Leite.
Ele comenta que já não há
mais um "estrangulamento" na
oferta de vagas nas universidade federais. "Elas voltaram a
contratar. Além disso, novas federais foram criadas."
(RGV)
ÁREAS*
Educação física
Enfermagem
Farmácia
Fisioterapia e
terapia ocupacional
Fonoaudiologia
Medicina
Nutrição
Odontologia
Saúde coletiva
*Que têm programas
recomendados pela Capes
EM ALTA
Avaliação tecnológica
em saúde
Biotecnologia aplicada
Ciências sociais
em saúde
Direito sanitário
Epidemiologia
Gestão
Indústria
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