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ESPECIALIZAÇÃO
Mercado inspira tema de cursos
Pós atrai os profissionais que pretendem aprofundar conhecimentos úteis ao trabalho
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Escolhido o tema para voltar
aos estudos, chega a hora de escolher que tipo de pós fazer. A
especialização costuma ser a
porta de entrada e atrai quem
trabalha, pois os temas dos cursos geralmente se inspiram em
tendências do mercado.
Assuntos como crise financeira mundial, responsabilidade social e sustentabilidade já
estão sendo incorporados aos
programas existentes.
"O formato permite criar seminários, reunindo representantes de diversos setores para
discutir questões atuais", explica Adalberto Fischman, diretor
educacional da FIA (Fundação
Instituto de Administração).
Uma delas é como organizar
iniciativas sociais. A PUC-SP
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), por exemplo,
oferece um curso de gestão de
projetos sociais em organizações do terceiro setor.
"Os processos têm que chegar à população de maneira individual e capilarizada, o que
exige muito conhecimento. A
pós-graduação "lato sensu" está
mais centrada no "aprender-como'", complementa Ladislau
Dowbor, professor da Cogeae
(Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e
Extensão) da PUC-SP.
Uma modalidade de especialização que se tornou bastante
popular foi o MBA, que tem
abordagem generalista e interessa a quem busca aprimorar
conhecimentos de gestão.
De acordo com o secretário-executivo da Anamba (Associação Nacional de MBA), Luca
Borroni, o momento certo para
buscar esse tipo de curso é ao
perceber a necessidade de reciclar instrumentos gerenciais.
"Geralmente, é por volta dos
35 anos. Nessa idade já se tem
maior bagagem profissional e é
necessário dar um empurrão
na carreira", justifica Borroni.
Qualidade
O engenheiro eletrônico
Amauri Simões, 43, conta que
ter feito um MBA executivo na
BBS (Brazilian Business
School) foi benéfico para assumir funções de liderança.
"Tenho mais ferramentas
gestoras e autoconfiança.
Quando se tem formação técnica, fica difícil empreender e liderar sem um MBA", conta Simões, que, após o curso, passou
de gerente de vendas a gerente
de negócios da empresa.
Ao contrário das pós "stricto
sensu", especializações não são
avaliadas pela Capes. Para escolher uma de qualidade, deve-se ficar de olho no desempenho
das "stricto sensu" da instituição no exame, sugere Paulo Barone, presidente da Câmara de
Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
Ou pesquisar a reputação do
programa no mercado. "Há ótimos cursos oferecidos por instituições não-educacionais, como hospitais, ONGs e escritórios de advocacia", diz.
(MB)
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