São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MESTRADO ACADÊMICO

Pós dá a largada para vida acadêmica

Etapa amadurece habilidades de pesquisa e dá base teórica mais sólida a quem vai seguir no mercado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para quem pende mais para a carreira acadêmica do que para a corporativa, fazer mestrado é o ponto de partida. Durante o curso, o aluno vai amadurecer sua experiência científica e suas habilidades de pesquisa e se preparar para o doutorado.
Ao preparar a dissertação de conclusão do curso, o mestrando faz uma revisão da literatura que domina. Por isso deve escolher um orientador cuja linha de pesquisa mais se aproxime de seu objeto de estudo.
A modalidade exige mais dedicação do que uma especialização. Segundo Aloísio Buoro, consultor da empresa de recrutamento DBM, o tempo médio para concluir um mestrado é de mil horas, contra de 500 a 600 horas exigidas por um MBA.
Mas o foco acadêmico não anula o interesse do mercado pelos mestrandos.
Especialistas apontam demanda por profissionais com base teórica mais profunda, "capazes de lidar com a profusão de informações da época em que vivemos", conforme define Maria Lucia Gitahy, vice-presidente do comitê de pós da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).
Buoro é mais cético. "O mercado ainda não mostrou que valoriza proporcionalmente o empenho de um profissional que faz mestrado em relação a alguém que opta pelo MBA." Por outro lado, muitos se inscrevem no curso por outros motivos. "Quando não estão ligados à academia, alunos fazem o mestrado em busca de satisfação", diz Isak Kruglianskas, chefe do departamento de administração da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo).

Quando fazer?
Ao contrário do MBA, recomendado para quem tem cargo de gestão há ao menos três anos, o mestrado pode ser feito logo após a graduação.
Mas Monica Herman, presidente da comissão de pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, acredita que o recém-formado deva, antes do mestrado, apostar em um curso mais amplo.
"Sair da graduação e entrar direto no mestrado pode ser um choque muito grande", diz, referindo-se à dedicação às leituras e à dissertação e à maturidade que se exige do aluno.
Para Buoro, deve-se procurar o curso quando o objeto de estudo for claro. ""Se isso não existir logo depois de formado, recomendo trabalhar cerca de três anos na área." (JV)


Texto Anterior: Especialização: Mercado inspira tema de cursos
Próximo Texto: Mestrado profissionalizante: Após 10 anos, modalidade ainda não se consolidou
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.