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FINANCIAMENTO DO ESTUDO
Bolsa e banco ajudam a custear o curso de pós
Agência de fomento oferece verba extra para viagens e congressos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Há dois meios de financiar o
curso de pós. O mais comum é
pedir bolsa de estudo a agências de fomento, que oferecem,
em média, R$ 1.200 mensais a
mestrandos e R$ 1.800 a doutorandos. O outro são linhas de
crédito de bancos para custear
estudos (veja págs. 37 e 38).
Quem faz mestrado profissionalizante, porém, não tem
direito a bolsa. "Quando os cursos foram criados, entendeu-se
que o interesse maior era das
empresas, não da academia ou
do Estado", diz José Roberto
Drugowich, diretor de programas horizontais e instrumentais do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Já os que têm bolsa não podem trabalhar. A dedicação ao
projeto de pesquisa deve ser integral -para manter as bolsas,
instituições de ensino precisam ter conceito "bom" na avaliação da Capes, que considera
tempo de titulação dos alunos.
"Se trabalhar, vai demorar
mais para terminar, e o desempenho do curso será inferior",
complementa Drugowich.
As principais fontes de bolsas
são Capes, que, em 2007, concedeu cerca de 30 mil, CNPq,
que deu 18 mil, e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo).
Para completar, as agências
oferecem reserva técnica (R$
400, em média) para custos
com viagens, congressos, trabalhos de campo e outros materiais. No exterior, podem cobrir
moradia e plano de saúde.
O sistema funciona assim: a
Capes oferece bolsas às instituições de ensino, especificando a que áreas se destinam. Cada pró-reitoria as repassa às
unidades, que as alocarão entre
os alunos. "Eles se inscrevem
para seleção na coordenadoria
do curso, que distribui as bolsas", diz Teresa Dib Zambon
Atvars, pró-reitora de pós-graduação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O CNPq passa cotas de bolsas
diretamente à coordenação dos
cursos, que as distribui. "Pela
Fapesp, é o professor orientador cadastrado na fundação
que apresenta o pedido de bolsa", explica Atvars.
Estudar fora
Para receber bolsa e estudar
fora do país, é preciso cumprir
dois requisitos: apresentar projeto em área de pesquisa que
não esteja bem consolidada no
Brasil e escolher uma instituição de excelência tecnológica.
As modalidades de bolsas de
doutorado e pós-doutorado no
exterior vão desde doutorados
plenos (até 48 meses) até estágios em grupos de pesquisa e
excelência (cinco meses).
Ao voltar, deve-se revalidar o
título. "Para obter titulação, como, por exemplo, em pontuação de concurso público, ou para assumir cargo como o de reitor", diz Esmeraldo Marieiros,
consultor jurídico do MEC
(Ministério da Educação).
A revalidação é feita em instituições públicas de ensino superior que tenham cursos equivalentes ao do exterior.
(GG)
R$ 1.200
é o valor médio da
bolsa oferecida a
mestrandos
R$ 1.800
é quanto recebem, em média,
os doutorandos
R$ 400
é o valor médio da
reserva técnica
concedida para
custos com viagens, congressos,
trabalhos de campo e outros materiais
www.cnpq.br/calendario
confira a programação de bolsas
do CNPq em 2009
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