|
Próximo Texto | Índice
zona sul
Pesquisa Datafolha revela o perfil do morador e da região
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O contraste é mais do que evidente: de
um lado, a cidade bem consolidada, com
bairros tradicionais, população de classe
média satisfeita com a realidade que a cerca. De outro, exclusão, desemprego, violência e carências diversas.
Retrato da disparidade que São Paulo ostenta no ano em que completa seu 450º
aniversário, a zona sul é objeto de um levantamento exaustivo do Datafolha, ponto de partida para a confecção deste caderno especial que circula na região.
A partir de critérios estatísticos, o instituto dividiu a região em três áreas. A primeira delas, denominada sul 1, engloba os
distritos Cursino, Ipiranga e Sacomã. A sul
2, Campo Grande, Cidade Ademar, Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro. E
a sul 3, Campo Limpo, Capão Redondo,
Cidade Dutra, Grajaú, Jardim Ângela, Jardim São Luiz, Marsilac e Parelheiros.
Nesse trecho da cidade estão contidos
nada menos que 43% do território total do
município e mais de 2,7 milhões de habitantes. Mas as histórias dos bairros são
distintas. Local onde, em 1822, foi proclamada a Independência, o Ipiranga recebeu indústrias e cresceu na primeira metade do século 20. Santo Amaro, por sua vez,
era um município de forte imigração alemã quando foi incorporado, em 1935. Já o
Jabaquara, área que no período da escravidão abrigou negros foragidos, teve crescimento acentuado a partir dos anos 40.
Na outra porção da zona sul estão os
bairros com as piores condições sociais e
que foram ocupados mais recentemente,
recebendo populações carentes nas últimas décadas do século 20.
Os dados inéditos revelados pela pesquisa oferecem uma visão global de cada área,
de suas vantagens, problemas, possibilidades e carências. Bem como permitem saber quem é, o que pensa, o que faz e o que
consome o morador de cada uma delas.
Próximo Texto: Beleza e história são motivos de orgulho Índice
|