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garimpo
África vê ouros crescerem mais que economias
PAÍSES AFRICANOS, APESAR DE SEUS CENÁRIOS
DE POBREZA, CONSEGUEM FORJAR ATLETAS
DE ELITE E SUBIR NO QUADRO DE MEDALHAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a África, mais pobre
dos continentes, é mais fácil fazer o número de medalhas
olímpicas crescer do que suas
combalidas economias.
Em 1988, a África era responsável por 1,8% do PIB mundial.
Naquele ano, nos Jogos de Seul,
2,5% dos ouros ficaram com
africanos -foram cinco para o
Quênia e um para o Marrocos.
Há quatro anos, em Atenas, a
participação africana no topo
do pódio ficou em 3%, com nove ouros obtidos por competidores de sete países diferentes.
Enquanto isso, no PIB mundial, a participação africana em
2004 era ainda menor do que
em 1988 -só 1,7%.
A baixa qualidade de vida do
continente também não impede histórias de sucesso olímpico. No último ranking do IDH,
índice que mede o desenvolvimento humano, a Etiópia apareceu em 169º lugar entre 177
países. Mesmo assim, levou sete medalhas na Grécia -duas
de ouro. Todas no atletismo,
mas com seis atletas diferentes.
Fora da África também existe
vida olímpica de qualidade em
países pobres. Cuba vem caindo de produção, mas, em Atenas-04, ganhou nove ouros,
mesmo número da Grã-Bretanha, com população e economia várias vezes maiores.
A América do Sul ficou com
nove ouros nos últimos Jogos,
o triplo do obtido em Seul.
Países do sudeste asiático,
como Tailândia e Indonésia,
também foram ao pódio com
alguma freqüência em Atenas
-os dois somaram 12 medalhas, sendo quatro de ouro.
Romênia
Jan Zelezny
Estreou nos Jogos em 1988 como recordista mundial
de lançamento de dardo. Ele bateu o recorde nas
eliminatórias, mas perdeu a final. Em Barcelona-1992, recuperou-se e levou o ouro. Repetiu o feito
em Atlanta-1996 e Sydney-2000. É o único de sua
prova a ter três medalhas douradas em Olimpíadas
Cuba
Orestes Kindelán
Disputou os três primeiros torneios olímpicos de
beisebol e levou dois ouros (1992 e 1996) e uma
prata (2000). Em sua carreira como amador, o
jogador acertou 487 home runs, jogada máxima do
beisebol. Em 2002, aos 38 anos, deixou Cuba para
atuar em liga japonesa pelo Shidax
Quênia
Ezekiel Kemboi Cheboi
Os fundistas quenianos tiveram de se contentar
com só um ouro em Atenas-2004, de Cheboi, nos
3.000 m com obstáculos. Ele começou tarde no
atletismo, aos 19 anos, quando deixou a escola e se
tornou campeão africano nas categorias de base
Irã
Rasul Khadem Azghadi
Conquistou um bronze na luta livre em Barcelona-1992 e, quatro anos depois, obteve o único ouro de
seu país em Atlanta. O atleta também acumula os
títulos mundiais de 1994 e 1995. Azghadi era
treinado por seu pai, Mohammed Khadem
Cazaquistão
Olga Shishigina
Estrela do atletismo do país, Olga conquistou a
medalha de ouro nos 100 m com barreiras em
Sydney-2000. O feito marcou a volta por cima da
corredora. Entre 1996 e 1998, ela ficou sem competir
após ser punida por teste positivo em antidoping
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