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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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Karina Johannpeter

Amazona de 19 anos é a mais jovem atleta da equipe de saltos em Pans

Clã do aço emplaca mais uma no hipismo

Silvio Avila/Folha Imagem
Karina Johannpeter salta com Faust de Raon em Porto Alegre


No ano passado, ela disputava concursos na categoria jovens cavaleiros, que congrega atletas entre 16 e 21 anos. Em Santo Domingo, aos 19 anos, Karina Johannpeter se tornará a mais jovem representante do Brasil na equipe de saltos na história do Pan. E a primeira amazona desde Elizabeth Assaf, em 1979.
Nesse intervalo, muito aconteceu na vida de Karina. Em 2002, ganhou o Gaúcho, o Brasileiro e o Sul-Americano para jovens cavaleiros. No início deste ano, começou a montar Faust de Raon, com o qual irá ao Pan, e a participar da principal categoria, a sênior.
"Fiquei surpresa com a convocação. A gente sonha, mas não pensava nisso no início do ano. Como o meu conjunto melhorava a cada concurso, as pessoas começaram a comentar que eu tinha chances", diz Karina, cuja família tem tradição no hipismo.
O pai, Jorge Gerdau, é dono do Grupo Gerdau, gigante da siderurgia nacional, e tido como principal criador de cavalos no país.
O irmão (por parte de pai) mais velho, André, 40, ganhou dois bronzes olímpicos e três ouros pan-americanos por equipe. Mas hoje cuida dos negócios da família no Canadá e não compete mais.
É da mãe, porém, a principal influência. Última amazona a representar o país em uma Olimpíada, em Seul-88 (foi eliminada na primeira fase), Christina viajou a trabalho para a Alemanha no início dos anos 90, e Karina foi junto.
Morou dez anos naquele país. Foi treinada pela mãe e também moldou sua personalidade. "Os anos na Alemanha me marcaram muito. A gente tem clara a forma de trabalhar, se organiza. Quando vou competir, gosto de tudo arrumado, o imprevisto não me deixa à vontade", afirma Karina.
O mesmo planejamento a faz prever que não irá competir por muito tempo. Estudante de administração, ela diz que não deve se tornar atleta profissional. "Enquanto puder, vou conciliar."


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