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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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Delegação recorde acumula mais participações e medalhas em Pan do que há quatro anos

País aposta em equipe experiente e vencedora

Mais experiente e premiada. A delegação recorde de 479 atletas em Santo Domingo tem um maior número de atletas que já disputaram um Pan e ganharam medalha na história da competição do que a que esteve presente nos Jogos de Winnipeg-99.
Na ocasião, 117 dos 436 atletas já haviam participado de alguma edição do evento, pouco mais de um quarto: 26,8%. Neste ano, 176 dos 479 competidores apresentam essa experiência, ou 36,7%.
No Canadá, 66 atletas já tinham conquistado medalha em Pans anteriores, ou 15,1%. Já a delegação atual tem 106 medalhistas, mais de um quinto: 22,1%.
Um dos dados que ajudam a explicar esse crescimento é o desempenho no Pan anterior.
A missão em Mar del Plata-95, então a maior do país na história, com 401 atletas, amealhou 83 medalhas. Inscrita em 32 das 40 modalidades, alcançou a sexta colocação no quadro geral.
Em quatro anos, o salto: com 39 competidores adicionais, o Brasil conquistou 101 medalhas. Galgou dois postos e ficou em quarto.
Em Santo Domingo, o país será representado também em um número recorde de modalidades: 36 das 41 que serão disputadas -uma a mais que em 1999. Mas novamente não haverá brasileiros nas competições de hóquei na grama, patinação de velocidade, pelota basca, raquetebol e softbol.
A novidade neste ano é o futebol. Há quatro anos, a CBF não quis enviar um time para o Pan sob alegação de que disputaria a Copa das Confederações e a Copa América em datas próximas. As mulheres também não foram representadas na ocasião.
Com 36 atletas, das equipes masculina e feminina, o futebol tem a maior delegação em Santo Domingo -ela é a responsável por 83,7% do crescimento global em relação a Winnipeg. Mas nenhum com experiência.
A renovação é destoante em relação aos demais esportes coletivos. Dos 30 atletas do handebol, por exemplo, 16 (dez homens e seis mulheres) conquistaram medalhas, em 1995 e 1999.
No vôlei, enquanto a equipe feminina só tem uma atleta com experiência nos Jogos, a meio-de-rede Janina, 30, campeã em Winnipeg, a masculina tem sete, e dois estiveram em Havana-91: o ponta Giovane, 32, e o levantador Maurício, 35, que, no entanto, não atuaram nos dois últimos Pans.
As modalidades com menor representação são a patinação artística e o tiro com arco, cada uma com dois atletas. A segunda é a única com 100% de experiência.
Porém o tiro com arco foi o responsável pelo maior corte, de 66,6%. Já o boliche, a patinação e o vôlei de praia tiveram reduzidas as equipes pela metade.
No outra ponta, depois do futebol ninguém cresceu mais do que a luta, que dobrou desde 1999. Na sequência, canoagem e boxe estão com delegações 37,5% maiores.
Nas modalidades com provas individuais, o atletismo e a natação lideram. A primeira terá 35 atletas, e a segunda, 32.
Embora tenham conquistado só um quinto das medalhas da natação em Winnipeg, na modalidade as mulheres superam os homens nos dois quesitos: 61,5 % disputaram Pans, e 53,8% ganharam medalha, contra 36,8% e 31,6%, respectivamente.
Atrás do tiro com arco, a segunda delegação mais experiente é a do caratê, seis atletas em oito. Quatro já ganharam medalha.
No quesito longevidade, a equipe do tiro esportivo, com 25 representantes, é a campeã. Ela terá desde o único medalhista na modalidade em 1999, Luiz Carlos Graça, 45, bronze na fossa dupla, até o único atleta que subiu ao pódio na Cidade do México-75: José Pedro Costa, 45, bronze na fossa olímpica por equipes logo em seu Pan de estréia, aos 16 anos.

Extremos
A mais jovem atleta da delegação é Laís Souza, 14 anos e sete meses, campeã brasileira do salto sobre o cavalo em 2002 e que só pôde viajar com autorização dos pais, por ser menor de idade.
Classificada para duas modalidades, na carabina deitado e em três posições, Angelamaria Lachtermacher, que completa 51 anos em 20 de agosto, é a mais velha.
Com 2,11 m e 18 anos, Tiago Splitter, estreante pivô da seleção de basquete, é o mais alto da delegação, 67 cm a mais e dois anos a menos que a mais baixa, a ginasta Daiane dos Santos, que ganhou três medalhas em seu único Pan-Americano, em Winnipeg.


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