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Delegação recorde acumula mais participações e medalhas em Pan do que há quatro anos
País aposta em equipe experiente e vencedora
Mais experiente e premiada.
A delegação recorde de
479 atletas em Santo Domingo tem um maior número de atletas que já disputaram um Pan e ganharam
medalha na história da competição do que a que esteve presente
nos Jogos de Winnipeg-99.
Na ocasião, 117 dos 436 atletas já
haviam participado de alguma
edição do evento, pouco mais de
um quarto: 26,8%. Neste ano, 176
dos 479 competidores apresentam essa experiência, ou 36,7%.
No Canadá, 66 atletas já tinham
conquistado medalha em Pans
anteriores, ou 15,1%. Já a delegação atual tem 106 medalhistas,
mais de um quinto: 22,1%.
Um dos dados que ajudam a explicar esse crescimento é o desempenho no Pan anterior.
A missão em Mar del Plata-95,
então a maior do país na história,
com 401 atletas, amealhou 83 medalhas. Inscrita em 32 das 40 modalidades, alcançou a sexta colocação no quadro geral.
Em quatro anos, o salto: com 39
competidores adicionais, o Brasil
conquistou 101 medalhas. Galgou
dois postos e ficou em quarto.
Em Santo Domingo, o país será
representado também em um número recorde de modalidades: 36
das 41 que serão disputadas
-uma a mais que em 1999. Mas
novamente não haverá brasileiros
nas competições de hóquei na
grama, patinação de velocidade,
pelota basca, raquetebol e softbol.
A novidade neste ano é o futebol. Há quatro anos, a CBF não
quis enviar um time para o Pan
sob alegação de que disputaria a
Copa das Confederações e a Copa
América em datas próximas. As
mulheres também não foram representadas na ocasião.
Com 36 atletas, das equipes
masculina e feminina, o futebol
tem a maior delegação em Santo
Domingo -ela é a responsável
por 83,7% do crescimento global
em relação a Winnipeg. Mas nenhum com experiência.
A renovação é destoante em relação aos demais esportes coletivos. Dos 30 atletas do handebol,
por exemplo, 16 (dez homens e
seis mulheres) conquistaram medalhas, em 1995 e 1999.
No vôlei, enquanto a equipe feminina só tem uma atleta com experiência nos Jogos, a meio-de-rede Janina, 30, campeã em Winnipeg, a masculina tem sete, e dois
estiveram em Havana-91: o ponta
Giovane, 32, e o levantador Maurício, 35, que, no entanto, não
atuaram nos dois últimos Pans.
As modalidades com menor representação são a patinação artística e o tiro com arco, cada uma
com dois atletas. A segunda é a
única com 100% de experiência.
Porém o tiro com arco foi o responsável pelo maior corte, de
66,6%. Já o boliche, a patinação e
o vôlei de praia tiveram reduzidas
as equipes pela metade.
No outra ponta, depois do futebol ninguém cresceu mais do que
a luta, que dobrou desde 1999. Na
sequência, canoagem e boxe estão
com delegações 37,5% maiores.
Nas modalidades com provas
individuais, o atletismo e a natação lideram. A primeira terá 35
atletas, e a segunda, 32.
Embora tenham conquistado só
um quinto das medalhas da natação em Winnipeg, na modalidade
as mulheres superam os homens
nos dois quesitos: 61,5 % disputaram Pans, e 53,8% ganharam medalha, contra 36,8% e 31,6%, respectivamente.
Atrás do tiro com arco, a segunda delegação mais experiente é a
do caratê, seis atletas em oito.
Quatro já ganharam medalha.
No quesito longevidade, a equipe do tiro esportivo, com 25 representantes, é a campeã. Ela terá
desde o único medalhista na modalidade em 1999, Luiz Carlos
Graça, 45, bronze na fossa dupla,
até o único atleta que subiu ao pódio na Cidade do México-75: José
Pedro Costa, 45, bronze na fossa
olímpica por equipes logo em seu
Pan de estréia, aos 16 anos.
Extremos
A mais jovem atleta da delegação é Laís Souza, 14 anos e sete
meses, campeã brasileira do salto
sobre o cavalo em 2002 e que só
pôde viajar com autorização dos
pais, por ser menor de idade.
Classificada para duas modalidades, na carabina deitado e em
três posições, Angelamaria Lachtermacher, que completa 51 anos
em 20 de agosto, é a mais velha.
Com 2,11 m e 18 anos, Tiago
Splitter, estreante pivô da seleção
de basquete, é o mais alto da delegação, 67 cm a mais e dois anos a
menos que a mais baixa, a ginasta
Daiane dos Santos, que ganhou
três medalhas em seu único Pan-Americano, em Winnipeg.
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