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Nanicos só sonham
Longe do glamour dos primeiros colocados no quadro de medalhas, alguns países vivem de
conquistas solitárias. Esse é o caso
de Bolívia e Ilhas Cayman.
País com 1.098.581 km2 -equivalente a dez vezes a área da Cuba-, a Bolívia obteve uma minguada glória pan-americana.
Em Havana-91, William Arancibia chegou à final na categoria até
70 kg do taekwondo. Na decisão,
perdeu para o local Ilse Guilarte.
Mesmo assim, quebrou um jejum
de 40 anos sem conquistas.
Para este ano, a meta é repetir o
feito. Para isso, a delegação conta
com 38 atletas em 15 esportes.
"Somos pobres. Levaremos uma
quantidade mínima de atletas",
diz Jose Nuñes Ruiz, dirigente do
Comitê Olímpico Boliviano.
A esperança de medalha se resume a quase um só nome: Geovana Irusta, 27. "Falta investimento e motivação aos atletas que
atingem um bom nível", lamenta
ela, que corre a marcha de 20 km.
Conhecido paraíso fiscal, as
Ilhas Cayman vivem um verdadeiro inferno esportivo.
O país só foi participar de seu
primeiro Pan em San Juan-79.
Demorou mais 20 anos para conquistar sua primeira e única medalha nos Jogos. E o autor da façanha nem nasceu na pequena ilha
caribenha, quase despovoada
(35.527 habitantes em 2001).
O norte-americano Kareem
Streete-Thompson projetou seu
nome em Winnipeg-99, quando
ficou com a prata no salto em distância, atrás de Iván Pedroso.
"Se repetirmos essa campanha,
estaremos mais do que satisfeitos", admite Donald McLean, dirigente do comitê olímpico local.
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