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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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Sem programa oficial, organização do próximo Pan manda 25 pessoas para Santo Domingo

Rio estuda 03 para não errar em 07

Co-Rio, grupo responsável pela organização do Pan-2007, teve de improvisar um programa de observação em Santo Domingo, já que o comitê local, contrariando determinação da Organização Desportiva Pan-Americana, não montou uma agenda oficial a ser seguida pelo Brasil.
Organização não-governamental e sem fins lucrativos, o Co-Rio, que tem como acionista majoritário o COB e como minoritárias as confederações esportivas brasileiras, mandou 15 observadores oficiais para analisar 40 itens relacionados ao Pan. O grupo estudará os locais e condições de competição, o controle antidoping, a segurança e as acomodações e os serviços da Vila Pan-Americana, entre outros aspectos.
A Prefeitura do Rio enviou mais cinco, além de outros cinco que formam um grupo à parte responsável pelo quesito segurança.
Os custos da operação, que não são revelados pelo Co-Rio, são bancados pela prefeitura. Em fevereiro de 2008, quando o comitê encerrará suas atividades, ele irá ressarcir o município, caso os Jogos arrecadem mais do que o montante despendido.
O mesmo acontecerá com o dinheiro pago para a OGKS, empresa do Comitê Olímpico Internacional contratada pelo Co-Rio para assessorar os organizadores.
"A partir das observações que fizermos em Santo Domingo, vamos produzir um relatório que servirá para o planejamento do Pan-Americano do Rio", conta o australiano John Quayle, que vai gerenciar o trabalho do grupo.
"Não podemos nos contentar em constatar que alguma coisa não está funcionando. Temos de descobrir a causa e voltar no dia seguinte para ver se o problema está contornado", completa.
Para Bienvenido Solano, diretor-geral do Pan-03, o Brasil tem muito a aprender com a experiência e em especial com os erros cometidos por Santo Domingo para evitar os mesmos problemas.
"O importante é absorver a experiência de outras cidades, não inventar nada", afirmou.
"É necessário planejar os Jogos com muita antecedência e ter os recursos à disposição", concluiu Solano, aludindo ao fato de o Pan atual ter enfrentado sérias dificuldades para obter liberação de verbas do governo federal.
No aspecto financeiro, os observadores também terão um papel importante: detectar quais gastos são desnecessários para o Pan. "Não se trata de economizar. Vamos planejar bem para aplicar melhor o dinheiro", diz Quayle.
Para os organizadores, esse estudo será um dos principais trunfos para a próxima edição do Pan.
"O programa de observações é um fato inédito para nós, brasileiros. Nos Jogos Sul-Americanos [que o Brasil abrigou no ano passado] não houve nada disso, porque a organização passou para a gente na última hora", afirmou Carlos Roberto Osório, secretário-geral do Co-Rio.
Depois de visitar Santo Domingo, a próxima parada internacional dos olheiros do Co-Rio será a Olimpíada de Atenas-2004.
Em outubro, o comitê brasileiro entrega o relatório de suas atividades à Odepa em assembléia que a entidade fará no Rio.
Em Santo Domingo, além do programa de observação, o Co-Rio organizou uma exposição para divulgar a imagem do Rio e atrair interessados em participar de congresso sobre negócios do esporte que o COB programou para o mês de outubro.
Com apoio da Riotur e da Embratur, foi montado um estande onde é oferecido diariamente um coquetel aos interessados e feita a distribuição de material promocional do país, como uma edição especial da revista "Veja" em inglês e em castelhano.


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