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Sem programa oficial, organização do próximo Pan manda 25 pessoas para Santo Domingo
Rio estuda 03 para não errar em 07
Co-Rio, grupo responsável pela organização do
Pan-2007, teve de improvisar um programa de observação em Santo Domingo, já que o comitê local, contrariando determinação da Organização Desportiva Pan-Americana, não montou uma agenda
oficial a ser seguida pelo Brasil.
Organização não-governamental e sem fins lucrativos, o Co-Rio,
que tem como acionista majoritário o COB e como minoritárias as
confederações esportivas brasileiras, mandou 15 observadores oficiais para analisar 40 itens relacionados ao Pan. O grupo estudará
os locais e condições de competição, o controle antidoping, a segurança e as acomodações e os
serviços da Vila Pan-Americana,
entre outros aspectos.
A Prefeitura do Rio enviou mais
cinco, além de outros cinco que
formam um grupo à parte responsável pelo quesito segurança.
Os custos da operação, que não
são revelados pelo Co-Rio, são
bancados pela prefeitura. Em fevereiro de 2008, quando o comitê
encerrará suas atividades, ele irá
ressarcir o município, caso os Jogos arrecadem mais do que o
montante despendido.
O mesmo acontecerá com o dinheiro pago para a OGKS, empresa do Comitê Olímpico Internacional contratada pelo Co-Rio para assessorar os organizadores.
"A partir das observações que
fizermos em Santo Domingo, vamos produzir um relatório que
servirá para o planejamento do
Pan-Americano do Rio", conta o
australiano John Quayle, que vai
gerenciar o trabalho do grupo.
"Não podemos nos contentar
em constatar que alguma coisa
não está funcionando. Temos de
descobrir a causa e voltar no dia
seguinte para ver se o problema
está contornado", completa.
Para Bienvenido Solano, diretor-geral do Pan-03, o Brasil tem
muito a aprender com a experiência e em especial com os erros cometidos por Santo Domingo para
evitar os mesmos problemas.
"O importante é absorver a experiência de outras cidades, não
inventar nada", afirmou.
"É necessário planejar os Jogos
com muita antecedência e ter os
recursos à disposição", concluiu
Solano, aludindo ao fato de o Pan
atual ter enfrentado sérias dificuldades para obter liberação de verbas do governo federal.
No aspecto financeiro, os observadores também terão um papel
importante: detectar quais gastos
são desnecessários para o Pan.
"Não se trata de economizar. Vamos planejar bem para aplicar
melhor o dinheiro", diz Quayle.
Para os organizadores, esse estudo será um dos principais trunfos para a próxima edição do Pan.
"O programa de observações é
um fato inédito para nós, brasileiros. Nos Jogos Sul-Americanos
[que o Brasil abrigou no ano passado] não houve nada disso, porque a organização passou para a
gente na última hora", afirmou
Carlos Roberto Osório, secretário-geral do Co-Rio.
Depois de visitar Santo Domingo, a próxima parada internacional dos olheiros do Co-Rio será a
Olimpíada de Atenas-2004.
Em outubro, o comitê brasileiro
entrega o relatório de suas atividades à Odepa em assembléia
que a entidade fará no Rio.
Em Santo Domingo, além do
programa de observação, o Co-Rio organizou uma exposição para divulgar a imagem do Rio e
atrair interessados em participar
de congresso sobre negócios do
esporte que o COB programou
para o mês de outubro.
Com apoio da Riotur e da Embratur, foi montado um estande
onde é oferecido diariamente um
coquetel aos interessados e feita a
distribuição de material promocional do país, como uma edição
especial da revista "Veja" em inglês e em castelhano.
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