São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003 |
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Diego Hypólito No Pan, irmão de Daniele disputa principal competição desde o Mundial Ginasta salta atrás de brilho próprio
No último Pan, a estrela da família decepcionou. Daniele Hypólito, favorita à medalha, caiu duas vezes nas finais individuais e não passou do sétimo lugar. "Tenho que ir bem. Os que me levantaram podem me derrubar. A Dani passou por isso em Winnipeg. Penso nisso", admite Diego, 17, o caçula dos Hypólito. Santo Domingo será a primeira competição de importância de Diego desde o Mundial de Debrecen (Hungria), em dezembro. Na ocasião, foi quarto no solo e 14º no salto sobre o cavalo. Muito se comparado com o então melhor resultado em Mundiais, o 38º de Marco Monteiro em 1992. "Era qualquer um na Hungria. Hoje os juízes já me conhecem. Mas sei que não posso deixar o sucesso subir à cabeça", afirma. Além do discurso sobre a fama, ele diz ter outra resposta engatilhada, inúmeros são os pedidos para contar a relação com a irmã um ano mais velha. E reclama que não perguntam de sua trajetória. Mas, questionado, não deixa de citar a irmã ao lembrar do início, aos 7 anos, em Santo André. "Comecei por causa da Dani, mas achava que [a ginástica] não tinha nada a ver comigo. Não gostava. Achava legal só me esborrachar no chão", lembra, rindo. Talvez inevitável, as memórias são recheadas de referências. "Cresci vendo acontecer comigo o que ela havia experimentado, os resultados, o sucesso." Hoje, apesar de até reconhecer que se não fosse irmão dela nem com o Mundial seria tão conhecido, Diego compete para mostrar que tem brilho próprio. "Não se trata de provar, mas posso conseguir bons resultados. Antes, entrevistavam a Dani e depois, às vezes, o "irmão dela". Hoje alguns entrevistam só a equipe masculina", diz, orgulhoso. Texto Anterior: Brasil, EUA e Canadá são primos ricos na Vila Índice |