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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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Estafes burocrático e logístico do COB crescem 36% em relação aos Jogos de Winnipeg-99

Brasil, EUA e Canadá são primos ricos na Vila

Ao lado dos EUA e do Canadá, o Brasil virou um dos três primos ricos do Pan-Americano. Antes da chegada dos 479 atletas, um exército de 242 pessoas trabalhou exclusivamente para abrandar os problemas dos atletas brasileiros em Santo Domingo e garantir aos competidores menos dores de cabeça durante o evento.
Batizado de "equipe de apoio", o grupo que cuida dos afazeres nos bastidores foi o que mais cresceu em relação a Winnipeg. Enquanto o número de esportistas aumentou 10%, a categoria que engloba médicos e funcionários administrativos inflou em 36%.
Mas a nova mordomia, antes utilizada apenas por potências esportivas e financeiras, não significa que os atletas ficarão livres de dificuldades em Santo Domingo.
Os competidores de remo e canoagem, por exemplo, serão acomodados fora da Vila. Motivo: a represa onde serão realizadas as provas fica a 155 km do local de alojamento dos outros atletas.
E o Comitê Olímpico Brasileiro avisou que eles ficarão entregues à própria sorte. Se os horários das competições forem alterados ou houver problema com a liberação das embarcações, os atletas terão de resolver o problema sozinhos.
A dificuldade da organização para finalizar o planejamento de treinos também pode tirar o sono dos competidores. Os dirigentes não elaboraram uma planilha para que as equipes pudessem visitar e conhecer as instalações.
Mas, antes de treinar, os atletas precisam se alimentar. E aí aparece outro entrave. No total, o comitê organizador precisaria entregar um milhão de refeições, incluindo as que vão às equipes de apoio, voluntários e responsáveis pela segurança. O serviço foi terceirizado e também esmoreceu.
A empresa Alisal, que seria responsável pela entrega de mais de 25% dos pratos, já avisou que não terá fôlego para atingir sua cota.
A principal polêmica, porém, aconteceu com os aparelhos de ar-condicionado. Ao lado de EUA e Canadá, o Brasil foi o único a alugar os equipamentos para refrigerar suas instalações na Vila.
A medida não agradou à Odepa. Preocupados com a segregação que o fato causou -poucos atletas teriam o benefício de driblar o calor-, os dirigentes decidiram instalar ar-condicionado em todos os apartamentos da Vila.


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