São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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SeleTimão de todos os tempos

Colunistas da Folha escalam o time ideal dos 100 anos do Corinthians e concordam entre si na hora de apontar Osvaldo Brandão, herói de 1977, como o melhor treinador da história do clube

JOSÉ GERALDO COUTO
ALGUNS FATORES INEXPLICÁVEIS

Não é fácil montar uma seleção dos melhores de todos os tempos do time pelo qual a gente torce.
Entram na escolha fatores objetivos, como os que jogaram melhor, ou por mais tempo, ou conquistaram mais títulos e outros pessoais, às vezes inexplicáveis.
Tentei equilibrar essas duas ordens de fatores na "minha" seleção. Optei por escalar só atletas que vi jogar, ainda que alguns eu só tenha visto na infância.
Do meio de campo para a frente, o problema foi o excesso de craques.
Doeu deixar de fora Zenon, Casagrande, o épico Basílio, Vampeta, Rincón, Edílson. O Corinthians é grande demais para caber numa escalação.

JUCA KFOURI
INJUSTIÇAS INEVITÁVEIS

Admito que nada é mais complicado do que fazer "seleções de todos os tempos", porque as injustiças são inevitáveis. Para minimizá-las, costumo dizer que as minhas seleções variam conforme o meu estado de espírito na hora em que sou solicitado a escalá-las.
Aos que eventualmente sintam a falta de Marcelinho Carioca, a explicação é fácil e verdadeira: em primeiro lugar, Cláudio Christóvam de Pinho, o "Gerente", e maior artilheiro da história corintiana, com 306 gols, foi muito mais jogador do que ele. E, se não bastasse, era autêntico.
Wla, Casão e Ronaldo ainda jogarão, assim como Basílio, que estará eternamente no nosso coração.

PVC
MUITOS CRAQUES EM 100 ANOS

Uma das missões mais difíceis para quem tenta montar qualquer seleção histórica é incluir os ídolos do passado recente, sem matar os mitos. É justo dizer que Dida foi o melhor goleiro que o Corinthians já teve. Ele era mais alto do que Gilmar, jogou numa época em que os treinos faziam os goleiros terem mais elasticidade. Mas Dida vive na era dos jogadores mortais e, quando jogou pela 1ª vez, Gilmar já era imortal.
Dito isso, está claro que é impossível fazer uma seleção seguindo só critérios objetivos, impossível não cometer injustiças. Dino Sani, Roberto Belangero, Teleco, Neco, Neto, Basílio, Idário... Um clube centenário tem muito mais do que cem craques.


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