da Reportagem Local

Foi na categoria leite que aconteceu a grande virada. Neste ano, a Parmalat conquistou a liderança, invertendo o resultado dos dois últimos anos, sobre o leite Ninho.
Um é líquido; o outro, em pó. São mercados bem distintos, cujos líderes em vendas são, respectivamente, Parmalat e Nestlé (fabricante do Ninho).
O resultado da pesquisa Top of Mind acompanha uma tendência clara do consumidor. O mercado de leite longa vida saltou de 192 milhões de litros em outubro de 96 para 326 milhões de litros em outubro deste ano.
Além do aumento, houve uma mudança no hábito do consumo. Em 96, 27% do mercado era de leite longa vida, 21% de leite em pó e 52% de pasteurizado. Neste ano, até outubro, a divisão era esta: 44% de longa vida, 19% de leite em pó e 37% de pasteurizado.
O sucesso da marca Parmalat é obra dos bichinhos? A campanha "Mamíferos", lançada em maio de 96, ajudou, diz Vânia Alcântara Machado, diretora de marketing da empresa. "Mas virar sinônimo de uma categoria é o resultado da construção da marca", afirma.
Desde 92, a empresa trabalha sua marca institucional por meio do patrocínio ao esporte, notadamente o futebol. E, a partir de 95, começou também a buscar o público infantil especificamente para o leite. O gasto com publicidade neste ano está em torno de R$ 40 milhões.
Produzindo leite longa vida no Brasil desde 77, a empresa italiana prevê faturamento de US$ 2 bilhões neste ano.
Nilson Muniz, gerente de marketing da Nestlé para a área de leites, diz que, enquanto a Parmalat usa a marca corporativa, a Nestlé trabalha a marca individual. "Essa é uma diferença importante", afirma.
Segundo Muniz, a marca Ninho deverá ter entre 47% e 50% do mercado de leite em pó no final deste ano. Em 97, tinha 49%. A Nestlé fatura, só com leites, cerca de US$ 1,4 bilhão.
(SQ)



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