São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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Alckmin assume SP e defende o legado tucano

Governador fala em parcerias com Dilma e enaltece FHC e José Serra

Tucano cita José de Anchieta e Renato Russo em discurso de posse no Palácio dos Bandeirantes, em SP

DANIELA LIMA
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

Geraldo Alckmin assumiu o governo de São Paulo personificando o novo discurso do PSDB. Ontem, em sua posse, defendeu o legado da sigla, mas pregou "inovação", com ênfase em políticas sociais, além de parceria com Dilma Rousseff.
"Defender, aprimorar e inovar, para ampliar ainda mais o nosso legado em São Paulo, são os desafios que o povo paulista me confiou", disse o governador na posse.
A ênfase na cooperação entre governos e o foco em políticas sociais presentes no discurso de Alckmin coincidem com a teoria da refundação da sigla, do senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG).
Em pronunciamento de 23 minutos no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin citou desde o padre José de Anchieta até o músico Renato Russo.
"Assumo [o governo], tendo os versos de Renato Russo como inspiração. "Disciplina é liberdade. Compaixão é fortaleza. Ter bondade é ter coragem'", disse, citando trecho da música "Há tempos".
O governador defendeu parcerias com o governo da presidente, Dilma Rousseff, e pregou uma gestão "voltada para o social".
"São Paulo é a síntese do trabalho em favor do Brasil. Nesse sentido, vamos ter com a presidente Dilma a melhor das relações", disse.
Ontem, a promessa de colaboração com o governo federal foi feita diante do ex-governador José Serra (PSDB), derrotado por Dilma na eleição presidencial, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Após assumir o compromisso com o governo federal, Alckmin destinou trechos do discurso para elogiar os dois tucanos. Serra foi chamado de "líder nacional" de "compromisso inarredável com a ética", e FHC, de presidente que "mudou o Brasil".
A cerimônia de posse foi divida em duas etapas. Pela manhã, Alckmin foi à Assembleia Legislativa, onde foi empossado pelo presidente da Casa, deputado Barros Munhoz (PSDB).
Em seguida, esteve no Palácio dos Bandeirantes. O prefeito de SP, Gilberto Kassab, acompanhou as duas etapas da posse, mas deixou a segunda antes do fim.

OPOSIÇÃO
Alckmin e os demais governadores da oposição irão controlar 52,5% dos eleitores do país. Juntos, PSDB e DEM comandam dez Estados.


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