São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2006

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RONDÔNIA

Ivo Cassol (PPS) se reelege no primeiro turno

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

Em Rondônia, a apuração das urnas confirmou as pesquisas eleitorais. O governador Ivo Cassol (PPS) se reelegeu no primeiro turno. Ele obteve 54,14% dos votos válidos.
Também candidatos ao governo do Estado, a senadora Fátima Cleide (PT) teve 25,9%, e Carlos Camurça (PSB), 12,5%. O senador peemedebista Amir Lando obteve 6,17% dos votos.
Cassol, além de ser investigado com autorização do STJ (Superior Tribunal Eleitoral) por supostas irregularidades da época em que era prefeito de Rolim de Moura, também é citado em documento da Operação Dominó, ação da Polícia Federal feita em agosto deste ano que investigou o desvio de cerca de R$ 70 milhões de recursos públicos no Estado.
A reportagem não conseguiu localizar Cassol ontem. Durante a apuração, ele ficou em casa com sua família.
Carlos Magno, seu ex-candidato a vice -que também ocupou a chefia da Casa Civil no governo-, chegou a ser preso durante a operação. Dos 24 deputados da Assembléia, 23 são investigados ou suspeitos.
Destes 23, ao menos quatro se reelegeram: Marcos Donadon (PMDB), Kaká Mendonça (PTB), Chico Paraíba (PMDB) e Mauro de Carvalho (PP). Carvalho, conhecido como Maurão, foi preso ontem acusado de compra de votos.
Carlão de Oliveira (PPS), ex-presidente da Assembléia, que está preso no Centro de Correição da Polícia Militar em Porto Velho por envolvimento no esquema, não voltará à Casa.
Segundo as investigações da PF, o esquema usava uma lista paralela de funcionários fantasmas da Assembléia para fazer o desvio de recursos.
Na corrida pelas vagas na Câmara Federal, Natan Donadon (PTB), investigado por suposto desvio de recursos públicos da Assembléia quando era deputado, em 2003, ficou em quarto lugar. Já Nilton Capixaba (PTB), acusado de participar do escândalo do mensalão e da máfia dos sanguessugas, não foi reeleito. Ele nega participação.

Senado
No Senado, o vencedor foi Expedito Júnior (PPS), aliado de Cassol na coligação O Trabalho Continua. Ele obteve 39,5% dos votos. As últimas pesquisas já previam sua vitória. Ele entrará no lugar de Amir Lando.
Cassol é o primeiro governador a se reeleger no Estado. Nas últimas semanas de campanha, ele entrou em polêmica com o bispo Antônio Possamai, da Diocese de Ji-Paraná, que confeccionou cartazes relacionando o governador aos 23 deputados suspeitos de participar da máfia desbaratada pela PF.
Os cartazes têm foto de Cassol e de outros suspeitos e incitam o eleitor a não votar em envolvidos com corrupção. A circulação dos cartazes foi alvo de representações eleitorais de ambos os lados.


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