São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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AS 4 FASES

Gestão da carreira norteia percurso

Profissional deve planejar desde cedo as melhores táticas para chegar a uma aposentadoria tranqüila

EDUARDO CAMPOS LIMA
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em cada etapa da vida, a experiência -e o que se aprendeu com ela- dá o tom das ações presentes e molda os planos para o futuro. No campo profissional não é diferente.
Desde a faculdade até a aposentadoria, a carreira passa por diferentes ciclos, que seguem o ritmo de cada idade e têm exigências e desafios próprios.
Superá-los é o trunfo para preparar jogadas que levem à satisfação, ao sucesso e à tranqüilidade na hora de parar.
É comum que muitos não dêem a devida atenção a essa trajetória. ""Baby boomers" [nascidos após a Segunda Guerra Mundial] nunca foram solicitados a planejar sua carreira e muitos se vêem em dificuldade agora, ao passar pelo processo de se aposentar", explica Ana Fraiman, 62, consultora de desenvolvimento de carreira e aposentadoria sustentável.
"A geração mais nova, que entrou no mercado há menos de dez anos, já começou a trabalhar tendo que fazer a gestão da própria carreira", completa.
O primeiro passo é afiar o autoconhecimento. Os traços da personalidade dão pistas sobre as áreas em que cada um pode se dar melhor e ajudam a planejar com mais clareza.
"As pessoas têm que identificar perfil, "background" profissional e projeto de vida para definir como será sua atuação no trabalho", indica Saulo Lerner, 59, diretor da área de "key executives" da consultoria DBM.
Os frutos do trabalho merecem a mesma atenção, pois finanças bem planejadas dão passe livre para escolher o que fazer ao encerrar a carreira, como viajar ou abrir um negócio.
"O problema é que a maior parte das pessoas tem dificuldade para olhar em longo prazo. Há um otimismo excessivo de que as coisas se arranjarão lá na frente, mesmo que não se tomem as providências necessárias", explica Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista e representante da Iarep (Associação Internacional para Pesquisa em Psicologia Econômica).

Hora de parar?
Até os 47 anos, a fase é de evoluir, aponta Elaine Saad, gerente-geral e coordenadora para a América Latina da Right Management. Daí em diante, é tempo de solidificar a carreira.
"É para essa fase que deve-se ter um plano, principalmente no que tange ao período pós-carreira [dos 50 em diante]."
Nem sempre o caminho é parar de trabalhar. Os mais bem preparados são procurados pelo mercado até mesmo depois de já terem se aposentado.
Segundo pesquisa da DBM, a contratação de pessoas quem já haviam se aposentado cresceu desde o segundo semestre de 2007, devido à falta de profissionais qualificados.
Cada vez mais empresas contam com aposentados como consultores. "É preciso desenvolver relações que permitam explorar possibilidades com antecedência", diz Vicky Bloch, 57, consultora em carreira.
Para ajudar na travessia, confira nas próximas páginas dicas de como avançar pelas quatro décadas da carreira.


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