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AS 4 FASES
Gestão da carreira norteia percurso
Profissional deve planejar desde cedo as melhores táticas para chegar a uma aposentadoria tranqüila
EDUARDO CAMPOS LIMA
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em cada etapa da vida, a experiência -e o que se aprendeu
com ela- dá o tom das ações
presentes e molda os planos
para o futuro. No campo profissional não é diferente.
Desde a faculdade até a aposentadoria, a carreira passa por
diferentes ciclos, que seguem o
ritmo de cada idade e têm exigências e desafios próprios.
Superá-los é o trunfo para
preparar jogadas que levem à
satisfação, ao sucesso e à tranqüilidade na hora de parar.
É comum que muitos não
dêem a devida atenção a essa
trajetória. ""Baby boomers"
[nascidos após a Segunda Guerra Mundial] nunca foram solicitados a planejar sua carreira e
muitos se vêem em dificuldade
agora, ao passar pelo processo
de se aposentar", explica Ana
Fraiman, 62, consultora de desenvolvimento de carreira e
aposentadoria sustentável.
"A geração mais nova, que
entrou no mercado há menos
de dez anos, já começou a trabalhar tendo que fazer a gestão
da própria carreira", completa.
O primeiro passo é afiar o autoconhecimento. Os traços da
personalidade dão pistas sobre
as áreas em que cada um pode
se dar melhor e ajudam a planejar com mais clareza.
"As pessoas têm que identificar perfil, "background" profissional e projeto de vida para definir como será sua atuação no
trabalho", indica Saulo Lerner,
59, diretor da área de "key executives" da consultoria DBM.
Os frutos do trabalho merecem a mesma atenção, pois finanças bem planejadas dão
passe livre para escolher o que
fazer ao encerrar a carreira, como viajar ou abrir um negócio.
"O problema é que a maior
parte das pessoas tem dificuldade para olhar em longo prazo. Há um otimismo excessivo
de que as coisas se arranjarão lá
na frente, mesmo que não se tomem as providências necessárias", explica Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista e representante da Iarep (Associação Internacional para Pesquisa em Psicologia Econômica).
Hora de parar?
Até os 47 anos, a fase é de
evoluir, aponta Elaine Saad, gerente-geral e coordenadora para a América Latina da Right
Management. Daí em diante, é
tempo de solidificar a carreira.
"É para essa fase que deve-se
ter um plano, principalmente
no que tange ao período pós-carreira [dos 50 em diante]."
Nem sempre o caminho é parar de trabalhar. Os mais bem
preparados são procurados pelo mercado até mesmo depois
de já terem se aposentado.
Segundo pesquisa da DBM, a
contratação de pessoas quem já
haviam se aposentado cresceu
desde o segundo semestre de
2007, devido à falta de profissionais qualificados.
Cada vez mais empresas contam com aposentados como
consultores. "É preciso desenvolver relações que permitam
explorar possibilidades com
antecedência", diz Vicky Bloch,
57, consultora em carreira.
Para ajudar na travessia, confira nas próximas páginas dicas
de como avançar pelas quatro
décadas da carreira.
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