São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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DOS 41 AOS 50

Liderança traz estabilidade e perigo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se seguir a trajetória esperada, o profissional perceberá que a consolidação da carreira começa aos 40. Nessa altura, já alcançou a posição de líder.
"Não precisa mais ser tão especializado. Já tem bagagem e habilidade de gerir pessoas", diz o consultor Robert Wong.
Excetuando-se profissionais liberais, quem a essa altura não chegou à liderança pode estar estagnado. "É um bom momento para mudar", avalia Wong.
"Se sentir que não há oportunidades na empresa, olhe para o mercado e tente fazer algo para usar uma competência que nunca desenvolveu", indica Rosa Bernhoeft, "coach" e mentora de carreiras de executivos.
Para impulsionar a mudança de rumo, é bom se preparar e fazer um curso, como pós-MBA ou extensão universitária.
Aos que não pararam para refletir e elaborar um projeto de vida, é bom dedicar três meses ao autoconhecimento, sugere Sigmar Malvezzi, professor do Instituto de Psicologia da USP.
Um exercício que ele propõe é escrever um texto listando as atividades desenvolvidas durante a carreira. Com isso em mãos, ele faz um levantamento de oportunidades, limitações, sucessos e fracassos. "Depois faço um mapa e contrasto com o que o cliente deseja ser. A partir daí, identifico suas metas."
Se o planejamento já foi feito no começo da carreira, reveja-opara ver se seus pontos não "expiraram". "Encontre o que traz retorno financeiro e satisfação e busque novas competências para investir nisso", sugere Reinaldo Frascino, vice-presidente da AAPSA (Associação Paulista de Gestores de Pessoas).

Finanças
Na fase em que a renda atinge o ápice, deve-se caprichar em sua administração. "Não adianta ganhar muito bem se não souber administrar. Qualquer imprevisto pode mudar totalmente a vida", diz o consultor financeiro Alexandre Lignos.
Ainda há tempo, diz ele, para investir em previdência privada. É importante dar atenção à saúde, para suavizar gastos futuros. "Em vez de ter o melhorplano de saúde, é melhor escolher um intermediário e guardar o dinheiro da diferença."
O divórcio, mais comum -segundo o IBGE, em 2005 essa taxa atingiu seu maior patamar desde 1995, o de 1,3 para cada mil pessoas-, também abala a estrutura financeira. Em novo casamento, Lignos sugere pacto pré-nupcial e Impostos de Renda separados.
Segundo Lignos, só 15% dos profissionais conseguem reinvestir dinheiro na carreira. Para isso é preciso poupar cerca de 20% do que se ganha. Já 70% não estão endividados, mas não têm reservas. (RGV)


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