|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DOS 41 AOS 50
Liderança traz estabilidade e perigo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se seguir a trajetória esperada, o profissional perceberá
que a consolidação da carreira
começa aos 40. Nessa altura, já
alcançou a posição de líder.
"Não precisa mais ser tão especializado. Já tem bagagem e
habilidade de gerir pessoas",
diz o consultor Robert Wong.
Excetuando-se profissionais
liberais, quem a essa altura não
chegou à liderança pode estar
estagnado. "É um bom momento para mudar", avalia Wong.
"Se sentir que não há oportunidades na empresa, olhe para
o mercado e tente fazer algo para usar uma competência que
nunca desenvolveu", indica Rosa Bernhoeft, "coach" e mentora de carreiras de executivos.
Para impulsionar a mudança
de rumo, é bom se preparar e
fazer um curso, como pós-MBA
ou extensão universitária.
Aos que não pararam para refletir e elaborar um projeto de
vida, é bom dedicar três meses
ao autoconhecimento, sugere
Sigmar Malvezzi, professor do
Instituto de Psicologia da USP.
Um exercício que ele propõe
é escrever um texto listando as
atividades desenvolvidas durante a carreira. Com isso em
mãos, ele faz um levantamento
de oportunidades, limitações,
sucessos e fracassos. "Depois
faço um mapa e contrasto com
o que o cliente deseja ser. A partir daí, identifico suas metas."
Se o planejamento já foi feito
no começo da carreira, reveja-opara ver se seus pontos não
"expiraram". "Encontre o que
traz retorno financeiro e satisfação e busque novas competências para investir nisso",
sugere Reinaldo Frascino, vice-presidente da AAPSA (Associação Paulista de Gestores
de Pessoas).
Finanças
Na fase em que a renda atinge
o ápice, deve-se caprichar em
sua administração. "Não adianta ganhar muito bem se não
souber administrar. Qualquer
imprevisto pode mudar totalmente a vida", diz o consultor
financeiro Alexandre Lignos.
Ainda há tempo, diz ele, para
investir em previdência privada. É importante dar atenção à
saúde, para suavizar gastos futuros. "Em vez de ter o melhorplano de saúde, é melhor escolher um intermediário e guardar o dinheiro da diferença."
O divórcio, mais comum
-segundo o IBGE, em 2005 essa taxa atingiu seu maior patamar desde 1995, o de 1,3 para
cada mil pessoas-, também
abala a estrutura financeira.
Em novo casamento, Lignos
sugere pacto pré-nupcial e Impostos de Renda separados.
Segundo Lignos, só 15% dos
profissionais conseguem reinvestir dinheiro na carreira. Para isso é preciso poupar cerca
de 20% do que se ganha. Já 70%
não estão endividados, mas não
têm reservas.
(RGV)
Texto Anterior: Cheque sua rota Próximo Texto: Falha vira negócio Índice
|