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DOS 51 AOS 60
Reta final privilegia atividade preferida
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A partir dos 50, desenha-se a
reta final da carreira -e a largada para se dedicar ao que realmente gosta de fazer.
Com a proximidade da aposentadoria, ficar em casa não é
só o que se vislumbra. O aumento da expectativa de vida
permite uma segunda carreira.
"Os experientes ajudam os
mais jovens a obterem melhor
desempenho", explica Saulo
Lerner, diretor de "key executives" da Right Management.
O primeiro passo é formar
sucessores. Nesse período, é
comum haver redução da carga
de trabalho. "Executivos começam a trabalhar três vezes por
semana, como mentores", define José Augusto Figueiredo,
42, consultor da DBM.
Competências acumuladas
devem ser valorizadas. "Muitos
jogam fora o patrimônio da vida e abrem um negócio de que
não entendem", diz Lerner.
Um caminho comum é virar
consultor, o que exige experiência panorâmica, visão estratégica e relacionamentos em
diferentes áreas do mercado.
"A experiência dentro de
uma só empresa não habilita
ninguém a essa atividade", alerta Ana Fraiman, consultora de
desenvolvimento de carreira e
aposentadoria sustentável.
Outra saída é usar sua especialidade para desenvolver novos negócios associando-se a
colegas ou a uma empresa.
"Além disso, uma possibilidade
é a carreira acadêmica, se houver planejamento", diz Lerner.
Ou dedicar-se ao trabalho voluntário. "Nessa fase, trabalha-se com o viés do lazer, e não do
dever", define Figueiredo.
Em um imprevisto, ajuda de
especialistas é decisiva. Luiz
Vitiello, 53, trabalhou por 19
anos na Petróleo Ipiranga e planejava se aposentar aos 60.
No ano passado, a empresa
foi vendida, e ele, demitido.
"Com o "coaching", despertei
uma possibilidade em que não
havia pensado. Associei-me a
uma agência de comunicação."
Investimentos
Só o planejamento financeiro dá tranqüilidade para tomar
essas decisões. "Quem chegou
aos 50 e não se preparou não
vai acumular muito", alerta William Eid, 52, coordenador do
Centro de Estudos Financeiros
da Fundação Getulio Vargas.
Segundo o consultor financeiro Gustavo Cerbasi, 34, nesses casos é necessário dedicar-se em dobro para acumular patrimônio mais rapidamente.
Investimentos de pessoas
com mais de 50 anos devem ser
conservadores, com no máximo 20% do montante aplicado
em opções mais arriscadas, como ações, aponta Caio Torralvo, 28, consultor financeiro.
Para Cerbasi, com essa idade
é melhor alugar o imóvel dos
sonhos do que comprá-lo.
(ECL)
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