São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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DOS 51 AOS 60

Reta final privilegia atividade preferida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A partir dos 50, desenha-se a reta final da carreira -e a largada para se dedicar ao que realmente gosta de fazer.
Com a proximidade da aposentadoria, ficar em casa não é só o que se vislumbra. O aumento da expectativa de vida permite uma segunda carreira.
"Os experientes ajudam os mais jovens a obterem melhor desempenho", explica Saulo Lerner, diretor de "key executives" da Right Management.
O primeiro passo é formar sucessores. Nesse período, é comum haver redução da carga de trabalho. "Executivos começam a trabalhar três vezes por semana, como mentores", define José Augusto Figueiredo, 42, consultor da DBM.
Competências acumuladas devem ser valorizadas. "Muitos jogam fora o patrimônio da vida e abrem um negócio de que não entendem", diz Lerner.
Um caminho comum é virar consultor, o que exige experiência panorâmica, visão estratégica e relacionamentos em diferentes áreas do mercado.
"A experiência dentro de uma só empresa não habilita ninguém a essa atividade", alerta Ana Fraiman, consultora de desenvolvimento de carreira e aposentadoria sustentável.
Outra saída é usar sua especialidade para desenvolver novos negócios associando-se a colegas ou a uma empresa. "Além disso, uma possibilidade é a carreira acadêmica, se houver planejamento", diz Lerner.
Ou dedicar-se ao trabalho voluntário. "Nessa fase, trabalha-se com o viés do lazer, e não do dever", define Figueiredo.
Em um imprevisto, ajuda de especialistas é decisiva. Luiz Vitiello, 53, trabalhou por 19 anos na Petróleo Ipiranga e planejava se aposentar aos 60.
No ano passado, a empresa foi vendida, e ele, demitido. "Com o "coaching", despertei uma possibilidade em que não havia pensado. Associei-me a uma agência de comunicação."

Investimentos
Só o planejamento financeiro dá tranqüilidade para tomar essas decisões. "Quem chegou aos 50 e não se preparou não vai acumular muito", alerta William Eid, 52, coordenador do Centro de Estudos Financeiros da Fundação Getulio Vargas.
Segundo o consultor financeiro Gustavo Cerbasi, 34, nesses casos é necessário dedicar-se em dobro para acumular patrimônio mais rapidamente.
Investimentos de pessoas com mais de 50 anos devem ser conservadores, com no máximo 20% do montante aplicado em opções mais arriscadas, como ações, aponta Caio Torralvo, 28, consultor financeiro.
Para Cerbasi, com essa idade é melhor alugar o imóvel dos sonhos do que comprá-lo. (ECL)


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