LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Os melhores indicadores sociais da cidade estão aqui. O perfil do morador também aponta para um habitante diferenciado, ao evidenciar renda alta, boa formação, hábitos de consumo sofisticados, pensamento crítico e de conteúdo liberal.
Nas ruas, o que se encontra é a mais bem aparelhada estrutura de comércio e serviços existente na cidade, o que torna a região que compreende os Jardins e o trecho centro-sul um caso à parte na estrutura urbana de São Paulo.
E são justamente essas particularidades que emergem da pesquisa do Datafolha o ponto de partida para este caderno especial, que circula na região.
A partir de critérios estatísticos, criou-se a denominação Jardins/centro-sul para os distritos Jardim Paulista, Consolação, Itaim Bibi, Moema, Vila Mariana, Saúde e Campo Belo. O trecho da cidade corresponde a 4% do território total do município, e nele se concentram pouco mais de 595 mil habitantes.
Entre os marcos de sua urbanização está a criação, no século 19, de ícones -Higienópolis, em 1890, e a avenida Paulista, em 1891. No século 20, a Companhia City fez surgir diferenciado padrão de urbanização, a partir da implantação do Jardim América, em torno do qual apareceriam outros loteamentos semelhantes.
Com a criação do parque Ibirapuera, nos anos 50, houve um fomento da ocupação imobiliária em seu entorno. E, a partir dos anos 60, o incremento imobiliário atingiu Moema. O crescimento e a consolidação da Vila Mariana e da Saúde também se deram ao longo do século 20.
Os dados inéditos revelados pela pesquisa oferecem uma visão global das áreas, de suas vantagens, problemas, possibilidades e carências -como a falta de segurança e o trânsito. Bem como permitem saber quem é, o que pensa, o que faz e o que consome o morador de cada uma delas.


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