São Paulo, domingo, 03 de abril de 2005

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REPERCUSSÃO

D. WASHINGTON CRUZ arcebispo de Goiânia: "Quando foi celebrada a missa na catedral de Roma, diziam que o papa via e quase tocava o Senhor. É o grande encontro de um homem de Deus, que aguardou 84 anos para tocar o Senhor".

PADRE MARCELO ROSSI reitor do Santuário Terço Bizantino: "Estávamos rezando quando soubemos da morte do papa. Senti uma certa tristeza, mas acabou o martírio. Ele estava sendo imolado em vida. Tenho certeza de que João de Deus está agora ao lado de Jesus e que será beatificado em muito breve".

D. FERNANDO ANTONIO FIGUEIREDO bispo de Santo Amaro: "O papa gostava de brincar comigo, perguntando se o bispo de Santo Amaro era "amargo". A brincadeira derivava do fato de amaro, em italiano, ser traduzido por "amargo". Em várias oportunidades, eu falando italiano, o papa fazia questão de dirigir a palavra a mim em português. Um verdadeiro homem de Deus".

LUIZ FLORENTINO pastor e presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil em São Paulo: "O papa foi um homem de uma coragem incrível, mesmo estando muito debilitado, não deixou de lado sua vida eclesiástica. Ele foi um desbravador incansável, um grande líder, que fez muito pela paz".

BEREL AIZENSTEIN presidente da Confederação Israelita do Brasil "A comunidade judaica brasileira se une aos irmãos católicos neste momento de luto. João Paulo 2º foi um ardoroso defensor do entendimento entre as religiões. Ficará na memória de todos nós seu especial relacionamento com o povo judeu e o Estado de Israel. Que a sua lembrança seja abençoada".

HENRY SOBEL presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista: "Foi um pontífice que viajou o mundo inteiro promovendo não só o catolicismo, mas a paz mundial. E em quase todos os locais que visitou, fez questão de encontrar líderes de outras religiões. Ele tinha um coração enorme e naquele coração cabiam todos os filhos de Deus: judeus, católicos, muçulmanos, todos. Só podemos esperar que seu sucessor ouça e siga seus sábios conselhos".

NESTOR MASOTTI presidente da Federação Espírita Brasileira: "Reconhecemos o grande valor do papa João Paulo 2º, um homem de bem, voltado para a construção da paz e para a defesa da vida. É um nobre espírito, que desempenhou com dignidade e elevação as suas funções diante de Deus, da igreja e da sociedade".

XEQUE JIHAD HAMMADEH vice-representante da comunidade muçulmana no Brasil: "Para nós, o papa foi uma pessoa que trabalhou muito para que houvesse um diálogo inter-religioso mais real e mais consciente. Ele abriu as portas da Igreja Católica ao respeito mútuo e à pluralidade. Não ficou só na demagogia, nas palavras, visitou mesquitas mostrando que devemos esquecer as desavenças e nos unir".

MÃE STELLA DE OXOSSI líder do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá: "Ele dedicou o seu pontificado ao ecumenismo. Com ele, a Igreja Católica passou a ser tolerante, foi este papa que disse que a igreja deveria conviver em harmonia com outras religiões. Só por isso ele merece entrar para a história".

KOICHI MIYOSHI presidente da Federação das Seitas Budistas do Brasil: "Estamos orando e expressamos nosso profundo sentimento neste momento de grande perda de uma pessoa tão notável. Que seu espírito esteja em paz e harmonia".

LEONARDO BOFF teólogo:
"Ele marcou uma freada no processo de modernização da igreja, porque temia a perda da identidade cristã. No fundo, ele buscou reforçar a identidade da igreja em torno da figura do papa. Aqueles que o vêem como pai e que o bom cristão é aquele piedoso preocupado com as normas, estes vão se sentir órfãos. Os pobres vão dizer que este papa não os convocou à igreja, não os ajudou muito".


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