São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2006

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PFL muda o tom e agora valoriza aliança

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O PFL, que vinha ameaçando até desfazer a velha aliança com o PSDB, mudou de tom com a ida do tucano Geraldo Alckmin para o segundo turno da eleição presidencial. O novo fôlego e a perspectiva de vitória fortalecem a união dos pefelistas entre si e com os tucanos.
Para o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), que se empenhou pouco por Alckmin no primeiro turno, a convivência dos dois partidos é "saudável condenação".
Agripino disse por que PSDB e PFL têm de manter o casamento: "Questão de sobrevivência".
Alckmin passou o primeiro turno todo acordando com jornais reproduzindo crises em sua campanha, com tucanos e pefelistas dizendo que "não decolava", "não emplacava", "estava abandonado".
Com a ida para o segundo turno, as críticas internas devem diminuir, e os aliados, aumentar: "Vamos para a virada", dizia ontem o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC). "Se uns e outros não se empenharam como deviam, eu não sei. Só sei que eu me empenhei o tempo todo e sempre acreditei no segundo turno."
A explicação para o "abandono" de Alckmin por muitos aliados no primeiro turno tem uma boa explicação do senador Heráclito Fortes (PI) que, como Bornhausen, ficou com o tucano do início ao fim: "Os candidatos majoritários [a governos e ao Senado] tinham pânico de ficar contra Lula, o favorito. Isso agora vai mudar".
Além disso, há os rachas entre o PFL e o PSDB em Estados como Rio, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Bahia.
Essa divisão do PFL vem desde a criação do partido e vai aparecer novamente em dois momentos: a disputa pela presidência do Senado, no início de 2007, e a eleição do novo presidente da sigla na vaga de Bornhausen -a caminho da iniciativa privada.


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