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PFL muda o tom e agora valoriza aliança
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O PFL, que vinha ameaçando até desfazer a velha
aliança com o PSDB, mudou de tom com a ida do
tucano Geraldo Alckmin
para o segundo turno da
eleição presidencial. O novo fôlego e a perspectiva
de vitória fortalecem a
união dos pefelistas entre
si e com os tucanos.
Para o líder do PFL no
Senado, José Agripino
Maia (RN), que se empenhou pouco por Alckmin
no primeiro turno, a convivência dos dois partidos
é "saudável condenação".
Agripino disse por que
PSDB e PFL têm de manter o casamento: "Questão
de sobrevivência".
Alckmin passou o primeiro turno todo acordando com jornais reproduzindo crises em sua campanha, com tucanos e pefelistas dizendo que "não
decolava", "não emplacava", "estava abandonado".
Com a ida para o segundo turno, as críticas internas devem diminuir, e os
aliados, aumentar: "Vamos para a virada", dizia
ontem o presidente do
PFL, Jorge Bornhausen
(SC). "Se uns e outros não
se empenharam como deviam, eu não sei. Só sei que
eu me empenhei o tempo
todo e sempre acreditei no
segundo turno."
A explicação para o
"abandono" de Alckmin
por muitos aliados no primeiro turno tem uma boa
explicação do senador Heráclito Fortes (PI) que, como Bornhausen, ficou
com o tucano do início ao
fim: "Os candidatos majoritários [a governos e ao
Senado] tinham pânico de
ficar contra Lula, o favorito. Isso agora vai mudar".
Além disso, há os rachas
entre o PFL e o PSDB em
Estados como Rio, Rio
Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Bahia.
Essa divisão do PFL vem
desde a criação do partido
e vai aparecer novamente
em dois momentos: a disputa pela presidência do
Senado, no início de 2007,
e a eleição do novo presidente da sigla na vaga de
Bornhausen -a caminho
da iniciativa privada.
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