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Cristovam sinaliza apoio para Alckmin, mas diz que vai esperar decisão do PDT
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, saiu
na frente do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo apoio do senador
Cristovam Buarque (PE), candidato derrotado pelo PDT, que
conquistou 2,64% dos votos válidos. O parlamentar afirmou
ontem já ter falado por telefone
com os dois. "De fato, a conversa com Alckmin foi mais afetiva. Com Lula, mais fria." O candidato derrotado afirmou que o
fato de ter sido demitido por
Lula não irá influir na sua decisão: "Em política não se pode
ser guiado por mágoa", disse.
Ele disse que tomou a iniciativa
de ligar: "Telefonei para Lula e
Alckmin ontem [domingo]
mesmo. Com Heloisa, eu só
consegui falar hoje [ontem]."
Cristovam disse que a decisão sobre o apoio a um dos dois
será negociada pelo presidente
nacional do PDT, Carlos Lupi:
"Ele será o interlocutor sobre o
assunto, que tem de ser discutido por todo o partido. Nesse
momento, não tenho direito de
antecipar minha opinião".
A definição só deverá ocorrer
após uma reunião da Executiva
Nacional do PDT. Ontem, Carlos Lupi contou que espera realizar o encontro até o fim desta
semana. "Segundo turno é um
plebiscito. Por isso, as discussões não serão de cunho ideológico, mas programático", disse.
O presidente do PDT tentou
minimizar a declaração de
Cristovam sobre a "afetividade" de Alckmin e a "frieza" de
Lula. "Ele [Cristovam] foi ministro do Lula e acabou sendo
demitido de forma muito descortês. Mas não faremos essa
discussão [sobre o apoio] de
forma preconceituosa", disse.
Lupi considerou improvável
que o partido opte pela neutralidade, como fez o PSOL da senadora e candidata derrotada
Heloísa Helena (AL): "A tendência é apoiar um dos nomes".
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