São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2006

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Cristovam sinaliza apoio para Alckmin, mas diz que vai esperar decisão do PDT

ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, saiu na frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo apoio do senador Cristovam Buarque (PE), candidato derrotado pelo PDT, que conquistou 2,64% dos votos válidos. O parlamentar afirmou ontem já ter falado por telefone com os dois. "De fato, a conversa com Alckmin foi mais afetiva. Com Lula, mais fria." O candidato derrotado afirmou que o fato de ter sido demitido por Lula não irá influir na sua decisão: "Em política não se pode ser guiado por mágoa", disse. Ele disse que tomou a iniciativa de ligar: "Telefonei para Lula e Alckmin ontem [domingo] mesmo. Com Heloisa, eu só consegui falar hoje [ontem]."
Cristovam disse que a decisão sobre o apoio a um dos dois será negociada pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi: "Ele será o interlocutor sobre o assunto, que tem de ser discutido por todo o partido. Nesse momento, não tenho direito de antecipar minha opinião".
A definição só deverá ocorrer após uma reunião da Executiva Nacional do PDT. Ontem, Carlos Lupi contou que espera realizar o encontro até o fim desta semana. "Segundo turno é um plebiscito. Por isso, as discussões não serão de cunho ideológico, mas programático", disse.
O presidente do PDT tentou minimizar a declaração de Cristovam sobre a "afetividade" de Alckmin e a "frieza" de Lula. "Ele [Cristovam] foi ministro do Lula e acabou sendo demitido de forma muito descortês. Mas não faremos essa discussão [sobre o apoio] de forma preconceituosa", disse.
Lupi considerou improvável que o partido opte pela neutralidade, como fez o PSOL da senadora e candidata derrotada Heloísa Helena (AL): "A tendência é apoiar um dos nomes".


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