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Derrotado, ACM faz maior bancada na Câmara
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Derrotado duplamente na
eleição -perdeu o governo estadual e não conseguiu eleger
Rodolpho Tourinho ao Senado-, Antonio Carlos Magalhães (PFL) ainda tem grande
"cacife eleitoral" no Estado.
Dos 39 deputados federais
eleitos pela Bahia, 19 (48,71%)
seguem a sua liderança e, dos
63 parlamentares que compõem a Assembléia Legislativa,
34 (53,96%) integram o seu
grupo político. Além disso, o
deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL), herdeiro
político da família, foi o mais
bem votado na eleição de ontem -436.966 votos. E ACM
ainda controla dois terços das
vagas baianas ao Senado -o outro senador do grupo é o ex-governador César Borges (PFL).
Muito abatido, ACM evitou
conversar com jornalistas ontem. A amigos, disse que "tem
muitas forças" para recuperar a
hegemonia da política baiana.
O senador lembrou que, em
1986, muitos analistas apontaram a sua "morte política" após
o seu grupo perder o governo
estadual para o ministro Waldir Pires (Defesa) por uma diferença de 1,5 milhão de votos.
Quatro anos mais tarde, ACM
disputou e venceu a eleição para o governo e reinou absoluto
por 16 anos na política baiana.
Coordenadora da pós-graduação em marketing político
da UCSal (Universidade Católica do Salvador), Helcimara Telles, 42, disse que o carlismo vinha perdendo força há muito
tempo "devido à modernização
da política". "Houve ainda uma
disputa interna muito grande
no PFL pelo espólio de ACM e
isso prejudicou o partido."
A uma emissora de TV, ACM
Neto resumiu o abatimento
que tomou conta dos carlistas
após a derrota. "Estou perplexo. Vai levar algum tempo para
a gente encontrar as razões que
levaram Jaques Wagner a vencer no primeiro turno."
(LF)
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