São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2006

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Derrotado, ACM faz maior bancada na Câmara

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Derrotado duplamente na eleição -perdeu o governo estadual e não conseguiu eleger Rodolpho Tourinho ao Senado-, Antonio Carlos Magalhães (PFL) ainda tem grande "cacife eleitoral" no Estado.
Dos 39 deputados federais eleitos pela Bahia, 19 (48,71%) seguem a sua liderança e, dos 63 parlamentares que compõem a Assembléia Legislativa, 34 (53,96%) integram o seu grupo político. Além disso, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL), herdeiro político da família, foi o mais bem votado na eleição de ontem -436.966 votos. E ACM ainda controla dois terços das vagas baianas ao Senado -o outro senador do grupo é o ex-governador César Borges (PFL).
Muito abatido, ACM evitou conversar com jornalistas ontem. A amigos, disse que "tem muitas forças" para recuperar a hegemonia da política baiana. O senador lembrou que, em 1986, muitos analistas apontaram a sua "morte política" após o seu grupo perder o governo estadual para o ministro Waldir Pires (Defesa) por uma diferença de 1,5 milhão de votos. Quatro anos mais tarde, ACM disputou e venceu a eleição para o governo e reinou absoluto por 16 anos na política baiana.
Coordenadora da pós-graduação em marketing político da UCSal (Universidade Católica do Salvador), Helcimara Telles, 42, disse que o carlismo vinha perdendo força há muito tempo "devido à modernização da política". "Houve ainda uma disputa interna muito grande no PFL pelo espólio de ACM e isso prejudicou o partido."
A uma emissora de TV, ACM Neto resumiu o abatimento que tomou conta dos carlistas após a derrota. "Estou perplexo. Vai levar algum tempo para a gente encontrar as razões que levaram Jaques Wagner a vencer no primeiro turno." (LF)


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