DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

Finalista inesperada, Madri não encarou como derrota ter perdido para o Brasil. E não descartou a hipótese de emendar a terceira postulação consecutiva daqui a quatro anos.
"Madri continua sendo uma forte candidata aos Jogos", afirmou José Luís Rodriguez Zapatero, o presidente de governo (premiê) espanhol.
Indagado sobre o que o colega Luiz Inácio Lula da Silva havia lhe dito ao receber a notícia de que o Rio de Janeiro superara a capital espanhola na votação final, o socialista afirmou que o presidente brasileiro estava "muito emocionado".
"Cumprimentamo-nos. Eu tenho muita admiração por ele", disse Zapatero.
Como o Rio, Madri apostou na emoção ao destacar em sua campanha o calor humano. Mas não conseguiu imprimir a mesma sofisticação nem a mesma empolgação que o Brasil.
Os paralelos entre as duas cidades latinas levaram a uma aliança anunciada por Lula e confirmada pelo rei espanhol Juan Carlos. Se uma das duas caísse na rodada inicial de votos, apoiaria a outra. Mas acabaram chegando juntas à final.
"O Rio fez um trabalho formidável", disse o prefeito madrileno, Alberto Ruiz Gallardón, elogiando o fato de os Jogos serem no continente americano. "É bom que [a Olimpíada] seja na América do Sul."
Há quatro anos, Madri perdeu para Londres o direito de ser sede olímpica. (LC, RM E SR)


Texto Anterior: Análise: Com derrota, Obama é cada vez menos "o cara"
Próximo Texto: Tempestade: Tóquio afirma ter sido surpreendida por "granizo"
Índice