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Professor diz não a endividamentos
da Equipe de Trainees
O professor de geografia Costabile Squillaro foge de financiamentos. Para ele, vale fazer sacrifício
para não se endividar.
Há um ano e meio, Squillaro
abriu mão da casa de praia no Guarujá depois de ter vendido uma outra em Pinheiros, que havia herdado com o irmão. Pagou à vista, então, o apartamento no Paraíso onde mora com a família.
Com a transação, economizou
nos impostos anuais, que pesavam
no orçamento. Dos R$ 1.600 que
gastava com os imóveis anteriores,
passou aos R$ 380 atuais.
A família teve de reduzir gastos
nos últimos anos. E não se mostra
otimista com o futuro da classe
média. "Por mais que tentem dar
um tom cor-de-rosa para a situação, ela vai ficar pior."
Com a recessão, os hábitos mudaram. As refeições fora toda semana passaram a uma por mês. Os
passeios se restringiram ao shopping -"é mais seguro". O sonho
de levar o filho à Itália, onde o professor nasceu, continua adiado.
Apenas o plano de saúde da família e a educação do filho Rafael,
12, não sofreram cortes. São prioridades para Squillaro. O filho está
na 7ª série, mas já escolheu sua
profissão: quer ser administrador.
Embora invista na formação de
Rafael, o professor não acredita
que ela garanta emprego. "O mercado está concorrido e, mesmo nas
áreas novas deve fica saturado."
A descrença se explica. Ele conhece pessoas formadas que trabalham fora do mercado.
"Um ex-aluno foi me procurar
pedindo emprego de vigia na escola". O ex-aluno tem curso superior
e fala dois idiomas. (JULIANA MONACHESI e NATHALIA MOLINA)
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