DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mostra de como a pecuária brasileira vive sua melhor fase de expansão pode ser conferida na Feicorte 2002, que reúne em São Paulo a partir de amanhã representantes de 33 países. Eles vêm conferir o que os brasileiros estão fazendo para tornar sua carne tão atrativa e competitiva no mercado internacional.
O evento, que acontece no Centro de Exposições Imigrantes, numa área de 240 mil metros quadrados, reúne a 3ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne e a 8ª Exposição Nacional das Raças Bovinas de Corte.
É uma feira de negócios, impulsionada pela boa fase da pecuária de corte. Só para ter uma idéia, são 1.800 cabeças de gado bovino pertencentes a 400 criadores de todo o país, número recorde, e uma maratona de simpósios nacionais e estrangeiros, enfocando técnicas modernas de produção e qualidade da carne.
Representantes de toda a cadeia produtiva vão participar do evento, discutindo temas como novilho precoce, produção de carne orgânica, rastreabilidade, inseminação artificial e preparo especial de cortes para exportação.
"Temos que nos preocupar cada vez mais com as exigências do mercado externo, que se abre como nunca à carne brasileira", explica o empresário e criador José Américo Ribeiro dos Santos, 59, diretor da Feicorte, justificando o enfoque técnico do evento. "Não há mais espaço na pecuária globalizada para aquela idéia simplista de somente soltar o boi no pasto. Isso é coisa do passado. A feira trará o que há de mais moderno na pecuária, visando aumentar a produtividade e a qualidade da carne brasileira", diz.
A Feicorte vai abrigar o 1º Congresso Brasileiro da Raça Blonde d" Aquitaine e 12 leilões das principais raças, incluindo nelore, piemontês, pardo-suíço, belgian blue, canchim e simbrasil. Os leilões devem movimentar mais de R$ 12 milhões.
A organização da Feicorte estima que pelo menos 50 mil pessoas visitem o evento de amanhã a domingo. (RO)



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