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Alckmin trabalhará "nos intervalos" por Serra
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Logo após deixar o local de votação no Jóquei Clube de São Paulo, ontem, acompanhado pelo
candidato a prefeito da cidade, José Serra (PSDB), o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) disse
que trabalhará "na hora do almoço, nos intervalos" pela campanha de Serra no segundo turno.
O governador se recusou a detalhar estratégias do partido para a
segunda fase da disputa. "Discutir
o segundo turno antes de terminar o primeiro não é correto nem
seria adequado para com todos os
demais candidatos", afirmou.
"Vamos fazer uma boa campanha
no segundo turno", limitou-se a
informar Alckmin.
José Serra, que usou obras da
gestão Alckmin e imagens do governador durante toda a propaganda eleitoral do primeiro turno,
antecipou que não imagina "nada
diferente" das estratégias de campanha utilizadas no primeiro turno. "A diferença é que agora é um
[opositor], antes eram vários".
Serra qualificou o governador como um "sócio".
"É um homem sério, um bom
administrador, um companheiro
de partido e um sócio do trabalho
em São Paulo, porque o governo
do Estado tem mais alunos no ensino fundamental, mais hospitais
do que a prefeitura na cidade de
São Paulo", disse Serra.
O governador desconversou sobre se uma eventual vitória do
PSDB na disputa pela Prefeitura
de São Paulo "animaria" uma
possível intenção sua de disputar
a Presidência da República, nas
eleições em 2006.
"Não há relação entre 2004,
2006, 2008. São questões distintas.
Não há relação com eleições futuras", disse Alckmin. Um jornalista insistiu, indagando se um "chamado" do PSDB poderia levá-lo a
se candidatar a presidente. O governador tergiversou: "Não se está discutindo 2006".
Alckmin é tido por tucanos como um provável pré-candidato à
Presidência pelo PSDB.
Uma jornalista quis saber de
Alckmin se ele não considerava
que uma eventual vitória de Serra
iria "concentrar ainda mais o comando do PSDB em São Paulo".
"Não. Nós queremos que o PSDB
ganhe no Brasil inteiro. E entendo
que o PSDB vai se enraizar nesta
eleição municipal. O partido vai
dar um passo importante nesta
eleição", respondeu Alckmin.
Tanto o governador quanto Serra evitaram falar, no dia de ontem,
em prováveis alianças para o segundo turno. "O dia da eleição é o
dia do eleitor", disse Alckmin. Ele
também foi indagado se as eleições não mudarão seu relacionamento com a prefeita Marta Suplicy (PT-SP) e o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva: "Não. Democracia pressupõe respeitar o resultado das urnas, qualquer que ele
seja, e pressupõe civilidade".
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