São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alckmin trabalhará "nos intervalos" por Serra

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Logo após deixar o local de votação no Jóquei Clube de São Paulo, ontem, acompanhado pelo candidato a prefeito da cidade, José Serra (PSDB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que trabalhará "na hora do almoço, nos intervalos" pela campanha de Serra no segundo turno.
O governador se recusou a detalhar estratégias do partido para a segunda fase da disputa. "Discutir o segundo turno antes de terminar o primeiro não é correto nem seria adequado para com todos os demais candidatos", afirmou. "Vamos fazer uma boa campanha no segundo turno", limitou-se a informar Alckmin.
José Serra, que usou obras da gestão Alckmin e imagens do governador durante toda a propaganda eleitoral do primeiro turno, antecipou que não imagina "nada diferente" das estratégias de campanha utilizadas no primeiro turno. "A diferença é que agora é um [opositor], antes eram vários". Serra qualificou o governador como um "sócio".
"É um homem sério, um bom administrador, um companheiro de partido e um sócio do trabalho em São Paulo, porque o governo do Estado tem mais alunos no ensino fundamental, mais hospitais do que a prefeitura na cidade de São Paulo", disse Serra.
O governador desconversou sobre se uma eventual vitória do PSDB na disputa pela Prefeitura de São Paulo "animaria" uma possível intenção sua de disputar a Presidência da República, nas eleições em 2006.
"Não há relação entre 2004, 2006, 2008. São questões distintas. Não há relação com eleições futuras", disse Alckmin. Um jornalista insistiu, indagando se um "chamado" do PSDB poderia levá-lo a se candidatar a presidente. O governador tergiversou: "Não se está discutindo 2006".
Alckmin é tido por tucanos como um provável pré-candidato à Presidência pelo PSDB.
Uma jornalista quis saber de Alckmin se ele não considerava que uma eventual vitória de Serra iria "concentrar ainda mais o comando do PSDB em São Paulo". "Não. Nós queremos que o PSDB ganhe no Brasil inteiro. E entendo que o PSDB vai se enraizar nesta eleição municipal. O partido vai dar um passo importante nesta eleição", respondeu Alckmin.
Tanto o governador quanto Serra evitaram falar, no dia de ontem, em prováveis alianças para o segundo turno. "O dia da eleição é o dia do eleitor", disse Alckmin. Ele também foi indagado se as eleições não mudarão seu relacionamento com a prefeita Marta Suplicy (PT-SP) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Não. Democracia pressupõe respeitar o resultado das urnas, qualquer que ele seja, e pressupõe civilidade".


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Saulo compara até fisionomia de Marta à de Maluf
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.