São Paulo, quarta-feira, 04 de dezembro de 2002

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APÓS 20 ANOS, HOTÉIS ABREM MAIS DE MIL QUARTOS NA REGIÃO CENTRAL

DA EQUIPE DE TRAINEES

Em 2003, após 20 anos, a região central deverá voltar a receber investimentos de grande porte no setor hoteleiro: um hotel será inaugurado e outro, reaberto. Além do Formule 1, da Accor, que terá sua construção iniciada. São cerca de mil novos quartos.
O hotel Jaraguá, que fica na rua Major Quedinho e volta a operar no ano que vem, aposta na forte presença de instituições financeiras no centro para sediar convenções. Para isso, deve contar com um salão para 2.700 pessoas. Estão sendo investidos R$ 40 milhões, e a estimativa é que 45% do faturamento venha dos eventos. A taxa de ocupação dos 415 apartamentos é projetada em 50% para o primeiro ano de operação e em 55% para o segundo.
O Mercure Dowtown, na rua Araújo, com três andares e 260 quartos, tem data de entrega prevista para abril de 2003. É um investimento de R$ 26 milhões da construtora Setin e da Accor. Espera-se que o sucesso do Mercure venha, em parte, do fracasso dos hotéis tradicionais da região.
Grande parte deles está no vermelho. Para o presidente do sindicato dos hotéis, Nélson de Abreu Pinto, o centro é a pior região da cidade de São Paulo em ocupação hoteleira.
Um exemplo disso é o Eldorado Boulevard, na avenida São Luís: a taxa de ocupação está em 35% - longe dos 60%, o mínimo desejável para o negócio valer a pena.
O Normandie Design Hotel, na av. Ipiranga, é uma exceção: com 40 anos, passou por uma reforma de R$ 6 milhões. Para o diretor-geral, Fábio Ionesco, a reforma é responsável pela boa situação que o hotel vive hoje.
Outro ramo que tem procurado o centro é o de tecnologia.
A comDominio, que hospeda e gerencia sites e bancos de dados na internet, comprou e reformou um prédio na esquina das ruas Miguel Couto e Líbero Badaró, próximo às Bolsas. Foram R$ 50 milhões na sede paulista e na carioca, que também fica no centro.
Para Caio Graccho, vice-presidente de vendas e marketing da comDominio, a infra-estrutura (passam várias redes de fibra óptica na região) e a segurança foram decisivas.
Ele, assíduo no centro quando criança, se surpreendeu ao voltar, por causa do trabalho: "Há relações humanas muito ricas. E tudo é mais barato e acessível".
Outras empresas do setor vieram por motivos semelhantes: Atento (que comprou a Quatro A), 7comm e TMS Call Center.
Companhias de outras áreas também estão se mudando para a região central. A Esso trouxe seu escritório, e uma livraria Nobel abrirá as portas na São João -dentro do Shopping Moto & Aventura, que abrigará 90 lojas. (EU e GB)


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