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APÓS 20 ANOS, HOTÉIS ABREM MAIS DE MIL QUARTOS NA REGIÃO CENTRAL
DA EQUIPE DE TRAINEES
Em 2003, após 20 anos, a região
central deverá voltar a receber investimentos de grande porte no
setor hoteleiro: um hotel será
inaugurado e outro, reaberto.
Além do Formule 1, da Accor, que
terá sua construção iniciada. São
cerca de mil novos quartos.
O hotel Jaraguá, que fica na rua
Major Quedinho e volta a operar
no ano que vem, aposta na forte
presença de instituições financeiras no centro para sediar convenções. Para isso, deve contar com
um salão para 2.700 pessoas. Estão sendo investidos R$ 40 milhões, e a estimativa é que 45% do
faturamento venha dos eventos.
A taxa de ocupação dos 415 apartamentos é projetada em 50% para o primeiro ano de operação e
em 55% para o segundo.
O Mercure Dowtown, na rua
Araújo, com três andares e 260
quartos, tem data de entrega prevista para abril de 2003. É um investimento de R$ 26 milhões da
construtora Setin e da Accor. Espera-se que o sucesso do Mercure
venha, em parte, do fracasso dos
hotéis tradicionais da região.
Grande parte deles está no vermelho. Para o presidente do sindicato dos hotéis, Nélson de
Abreu Pinto, o centro é a pior região da cidade de São Paulo em
ocupação hoteleira.
Um exemplo disso é o Eldorado
Boulevard, na avenida São Luís: a
taxa de ocupação está em 35% -
longe dos 60%, o mínimo desejável para o negócio valer a pena.
O Normandie Design Hotel, na
av. Ipiranga, é uma exceção: com
40 anos, passou por uma reforma
de R$ 6 milhões. Para o diretor-geral, Fábio Ionesco, a reforma é
responsável pela boa situação que
o hotel vive hoje.
Outro ramo que tem procurado
o centro é o de tecnologia.
A comDominio, que hospeda e
gerencia sites e bancos de dados
na internet, comprou e reformou
um prédio na esquina das ruas
Miguel Couto e Líbero Badaró,
próximo às Bolsas. Foram R$ 50
milhões na sede paulista e na carioca, que também fica no centro.
Para Caio Graccho, vice-presidente de vendas e marketing da
comDominio, a infra-estrutura
(passam várias redes de fibra óptica na região) e a segurança foram decisivas.
Ele, assíduo no centro quando
criança, se surpreendeu ao voltar,
por causa do trabalho: "Há relações humanas muito ricas. E tudo
é mais barato e acessível".
Outras empresas do setor vieram por motivos semelhantes:
Atento (que comprou a Quatro
A), 7comm e TMS Call Center.
Companhias de outras áreas
também estão se mudando para a
região central. A Esso trouxe seu
escritório, e uma livraria Nobel
abrirá as portas na São João
-dentro do Shopping Moto &
Aventura, que abrigará 90 lojas.
(EU e GB)
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