São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SERVIÇOS

Tecnologia e salário atraem jovem para FINANÇAS

Ascensão na carreira é rápida, mas depende de bom nível de especialização

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No segmento de serviços, o setor financeiro é o que mais atrai jovens profissionais. E o magnetismo é mútuo -as empresas oferecem tantas vagas quantos talentos encontrarem.
"A área tem características envolventes para eles: tecnologia de ponta e clientela sofisticada", diz Magnus Apostolico, superintendente de relações do trabalho da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
"Eles chegam a cargos de gerência ou de especialização em mercado porque têm grande conhecimento de tecnologia e de globalização", completa.
A remuneração é o principal atrativo para captar os profissionais, especialmente a variável (extras como participação nos lucros e nos resultados).
No Itaú, o salário médio no primeiro nível da carreira de profissionais como gestores ou supervisores é de R$ 4.500. É nessa etapa que eles passam a desenvolver a liderança.
Mas bons cargos não se limitam a posições de gestão, dizem Marici Becherer, superintendente de educação corporativa, e Ana Paula de Lima, superintendente de atração e integração de pessoas, ambas do Itaú.
Elas afirmam que há espaço para jovens talentosos também em carreiras técnicas. Eles gerenciam grandes projetos, como os de fusões e aquisições, no departamento jurídico.
Um dos programas de treinamento do banco foca o mercado de capitais. "Os jovens que trabalham nessa área são declaradamente "high potentials" [de alto potencial]", afirma Lima.

Formação de alto nível
Para crescer, é preciso investir na formação. Os talentos da área geralmente estudam em escolas de primeira linha e passam por estágios e trainees de alto nível, segundo Apostolico. Em alguns casos, fazer especialização ou MBA é uma exigência, como na área de crédito.
No caso de quem vai trabalhar com mercado de capitais, a triagem escolhe os candidatos que demonstrem sempre terem gerido suas finanças, além de entusiasmo pelo mecanismo da Bolsa de Valores.
"Esses profissionais são bastante procurados. Assumem as mesmas responsabilidades e carga de trabalho que os demais funcionários", diz Christina Larroude Paula Leite, responsável pela coordenação de estágio e colocação profissional da Eaesp-FGV (Escola de Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).
Ela conta que, todo ano, 75% dos alunos da escola são efetivados assim que se formam e assumem cargos de alta responsabilidade. (RGV)


Texto Anterior: Aposta jovem: Setores em expansão pedem novos especialistas
Próximo Texto: Educação e saúde buscam gestor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.