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PREPARAÇÃO
Adaptação à cultura do país começa no Brasil
Escolas oferecem programas que reúnem idiomas e aculturação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem é escolhido para ganhar o mundo pela empresa
costuma ter bem pouco tempo
para se preparar -a empresa
geralmente precisa que o profissional esteja pronto para
partir em até três meses.
Esse é o tempo que o futuro
expatriado tem para consultar
a família, resolver questões
burocráticas e, se for o caso,
participar de treinamentos.
Dominar o inglês é essencial,
não importa qual seja o país de
destino. "O inglês é a língua
"oficial" do expatriado. Nas comunidades mundo afora, as
pessoas falam inglês e a língua
do país de origem", aponta
Francisco Ramirez, sócio da
consultoria Fesa.
Para especialistas, porém, a
fase principal de preparação
não é achar casa nem aprender
a língua, mas a aculturação. Algumas escolas de línguas oferecem programas que aliam idiomas e treinamento de adaptação à nova cultura. "Essas providências garantem o sucesso
da expatriação", diz Ramirez.
O programa da Berlitz (0/
xx/11/3824-3586), por exemplo, pode ser feito com o estudo
da língua ou não. Quem já domina o idioma tem a opção de
fazer apenas a aculturação.
O treinamento dura dois
dias. O primeiro vale para a família toda: é o "living in", que
aborda os costumes locais. O
segundo, "working in", tem enfoque corporativo e é direcionado ao expatriado, mas é aberto ao cônjuge, que também pode buscar uma colocação.
"Procuramos mostrar as diferenças culturais e os valores
que motivam a discrepância de
comportamentos", explica Lincoln Fu Wen Pow, consultor de
orientação cultural da Berlitz.
A Seven (0/xx/11/3371-0099) e a Companhia de Idiomas (0/xx/11/5549-5349) também têm cursos de adaptação.
Preparação cultural
Segundo Douglas Nogueira
Lizarelli, sócio da área de "international assignments services" da consultoria Deloitte
Touche Tohmatsu, algumas
empresas têm grupos próprios
de reeducação cultural. Outras
preferem contratar serviços
terceirizados.
A maioria envia profissional
e família para conhecer o novo
país. "Para o futuro expatriado,
as mudanças não serão tão
grandes quanto para sua família", explica Lizarelli. "Há empresas com programa de recolocação para o cônjuge", diz
Marco Santana, gerente regional de "data services" da consultoria Watson Wyatt. Estudo
da GMAC Global Relocation
Services mostra que 21% dos
cônjuges são empregados durante a estadia em outro país.
Sylvia DeBiaggi, coordenadora do Serviço de Orientação
Intercultural do Instituto de
Psicologia da USP (0/xx/11/
3091-4360), recomenda: "Conheça a outra cultura antes de
se mudar. Estude a história e os
costumes e perceba as diferenças. Esteja aberto ao novo e ao
inusitado. Faça, se possível, um
trabalho de preparo intercultural".
(RGV)
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