São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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PREPARAÇÃO

Adaptação à cultura do país começa no Brasil

Escolas oferecem programas que reúnem idiomas e aculturação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem é escolhido para ganhar o mundo pela empresa costuma ter bem pouco tempo para se preparar -a empresa geralmente precisa que o profissional esteja pronto para partir em até três meses.
Esse é o tempo que o futuro expatriado tem para consultar a família, resolver questões burocráticas e, se for o caso, participar de treinamentos.
Dominar o inglês é essencial, não importa qual seja o país de destino. "O inglês é a língua "oficial" do expatriado. Nas comunidades mundo afora, as pessoas falam inglês e a língua do país de origem", aponta Francisco Ramirez, sócio da consultoria Fesa.
Para especialistas, porém, a fase principal de preparação não é achar casa nem aprender a língua, mas a aculturação. Algumas escolas de línguas oferecem programas que aliam idiomas e treinamento de adaptação à nova cultura. "Essas providências garantem o sucesso da expatriação", diz Ramirez.
O programa da Berlitz (0/ xx/11/3824-3586), por exemplo, pode ser feito com o estudo da língua ou não. Quem já domina o idioma tem a opção de fazer apenas a aculturação.
O treinamento dura dois dias. O primeiro vale para a família toda: é o "living in", que aborda os costumes locais. O segundo, "working in", tem enfoque corporativo e é direcionado ao expatriado, mas é aberto ao cônjuge, que também pode buscar uma colocação.
"Procuramos mostrar as diferenças culturais e os valores que motivam a discrepância de comportamentos", explica Lincoln Fu Wen Pow, consultor de orientação cultural da Berlitz.
A Seven (0/xx/11/3371-0099) e a Companhia de Idiomas (0/xx/11/5549-5349) também têm cursos de adaptação.

Preparação cultural
Segundo Douglas Nogueira Lizarelli, sócio da área de "international assignments services" da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, algumas empresas têm grupos próprios de reeducação cultural. Outras preferem contratar serviços terceirizados.
A maioria envia profissional e família para conhecer o novo país. "Para o futuro expatriado, as mudanças não serão tão grandes quanto para sua família", explica Lizarelli. "Há empresas com programa de recolocação para o cônjuge", diz Marco Santana, gerente regional de "data services" da consultoria Watson Wyatt. Estudo da GMAC Global Relocation Services mostra que 21% dos cônjuges são empregados durante a estadia em outro país.
Sylvia DeBiaggi, coordenadora do Serviço de Orientação Intercultural do Instituto de Psicologia da USP (0/xx/11/ 3091-4360), recomenda: "Conheça a outra cultura antes de se mudar. Estude a história e os costumes e perceba as diferenças. Esteja aberto ao novo e ao inusitado. Faça, se possível, um trabalho de preparo intercultural". (RGV)


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