|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Descoberta de novos talentos ainda fica em segundo plano
DA REPORTAGEM LOCAL
A formação de novos talentos
patina em modalidades menos
difundidas, e com poucos recursos. Segue mais no discurso
-na tentativa de obter dinheiro extra- que na prática.
No tiro com arco, a confederação usou verba que seria destinada à base na preparação
olímpica. "Da metade de 2007
até agora, o alto rendimento virou prioridade em razão da
Olimpíada. Até então, aplicávamos de 20% a 30% na base", diz
o presidente da confederação,
Vicente Blumenschein.
O remo também optou pelo
alto rendimento, que sempre
rende mais visibilidade.
"A prioridade de 2004/2008
era investir em resultados, e
abrimos um pouco mão da base. Foi um erro calculado. Precisávamos operacionalizar o
sênior. Para 2012, vamos focar
na formação, fazendo seletivas
júnior e sub-23", conta Julio
Noronha, diretor técnico da
confederação de remo.
Fatores como a falta de técnicos capacitados e até a dimensão continental do Brasil atrapalham, diz David Montero Gomez, presidente da confederação de levantamento de peso.
"O que ainda temos é o atleta
que parou e se tornou treinador, algo ainda amador."
Há três anos, são disputados
Brasileiros sub-16, sub-18 e
sub-20 no peso. "Está sendo
feita a renovação, mas ainda é
pouca", fala Gomez. "É difícil
ter núcleos em todo o país."
Ter um centro de treinamento é visto como um ponto para
ajudar a desenvolver a base e
fechar novos patrocínios.
"Queremos manter equipes de
tiro com arco 24 horas. A idéia é
pegar o garoto, levar para o CT
e fazer convênio com a prefeitura para que ele estude", conta
Blumenschein, sobre o CT da
modalidade, em Maricá (RJ).
Em alguns esportes, investir
em novatos é "a perpetuação da
modalidade". Nas lutas, o presidente Pedro Gama Filho diz
usar verba da Lei Piva nas seleções desde o infantil. No pentatlo moderno, o desafio é superar o desconhecimento.
"Não temos estrutura para
fazer esse tipo de trabalho [de
base]. Demanda verba, investimento em técnicos, contato
com esporte que muitos não
conhecem", diz o dirigente Hélio Meirelles Cardoso.
As exceções nas categorias de
base são modalidades mais "ricas". Os vôleis de quadra e de
praia, por exemplo, somam
juntos 28 Mundiais sub-20.
Texto Anterior: Top de linha: Precocidade em relação a Daiane expõe evolução Próximo Texto: Manual olímpico: Receita prega técnica importada e CTs Índice
|