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EDUCAÇÃO
Profissional deve saber escolher curso adequado e avaliar oferta de subsídios
Sem foco, estudo vira desperdício
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Que é preciso estar sempre em
busca do conhecimento, todo
mundo sabe. Mas reconhecer a
hora certa de investir em educação e descobrir qual curso é mais
adequado aos seus objetivos profissionais pode ser um diferencial
importante no currículo.
"Carreira não vem com manual
do proprietário. O profissional
deve aliar o que ele quer e o que
pode lhe diferenciar no mercado.
As profissões estão ficando cada
vez mais estratégicas", alerta Senir Fernandez, consultor de recursos humanos da Mercer.
Na hora de investir em educação, fuja dos modismos. A falta de
um plano de carreira definido ou
de uma análise sobre a trajetória
profissional leva muitos a procurar cursos de MBA (Master in Business Administration) muito cedo, por exemplo. Pode não ser o
melhor investimento.
"Como MBA se tornou uma sigla de sucesso, recém-formados
procuram as aulas em busca de
promoção profissional. Mas há
cursos mais adequados a esse público", alerta Irineu Gianesi, diretor de programas executivos e
corporativos do Ibmec São Paulo.
É o caso dos CBAs (Certificate
in Business Administration) e dos
cursos de pós-graduação "lato
sensu", boas armas para se atualizar profissionalmente -ou mesmo para mudar de área.
Precoce
N0ada impede, porém, que o
desenvolvimento profissional
acabe exigindo o curso antes do
tempo. Mariana Castanho, 25, é a
aluna mais nova do MBA da Universidade de Pittsburgh, ministrado em São Paulo. "Sempre ouvi que era cedo demais, mas me
preparei desde a faculdade", conta ela, que tinha como objetivo
inicial fazer um curso fora do país.
As perspectivas de crescimento
dentro da Dupont, empresa
em que trabalha, e o subsídio
do curso fizeram com que ela
optasse por estudar no Brasil.
A empresa financia 75% do MBA.
Com apenas dois meses de aula,
ela já foi promovida.
"As empresas estão usando o
MBA para treinar talentos e delegar mais responsabilidades", argumenta a diretora da filial brasileira da Universidade de Pittsburgh, Anne Nemer.
Já para Cléber Galvão, 26, a pós-graduação em gestão de negócios
de serviços de alimentos é a chance de mudar de área. Hoje ele trabalha como técnico de manutenção da Universidade do Hambúrger, instituição do Mc Donald's.
Desde fevereiro, investe R$ 490
mensais nas aulas e espera que o
retorno seja rápido. "Quero começar a trabalhar na área antes de
terminar o curso", planeja.
(ANDRESSA ROVANI)
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