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Após 17 anos de contribuição regular para o Instituto Aerus, fundo de pensão que tem a Varig como maior patrocinadora, o comandante Werner Lingler, 45, levou um susto.
Desde 2003, devido à crise da aviação, a empresa não investe mais na aposentadoria dos funcionários. "A Varig não pôde honrar o compromisso e teve de mudar as regras no meio do jogo. Mas isso é permitido por lei", justifica a diretora de seguridade e administração do Aerus, Andrea Vanzillotti.
Com isso, a estimativa que Lingler tinha de renda para a aposentadoria caiu 36%.
Ele hoje luta judicialmente por seus direitos. Parou de contribuir para o fundo, mas só pode resgatar o dinheiro se sair da firma. "Não tenho mais expectativas em relação a minha aposentadoria. Tenho dez anos para correr atrás do prejuízo."
Para evitar sustos como esse, Tânia Tereskovae, 32, acompanha de perto os extratos da Associação Philips de Seguridade Social. Funcionária há 17 anos, ela diz preferir não mexer no dinheiro. "Quem investe em previdência deve entender que são aplicações de longo prazo."


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