São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2005

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CARREIRA EXECUTIVA

NEGÓCIOS

Fechar negócio com o governo pode levar empresário ao sonho de crescer ou ao pesadelo de falir

Fornecedor flutua entre lucro e incerteza

RENATO ESSENFELDER
EDITOR-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS

Negociar ou não com o governo, seja ele municipal, estadual ou federal, é dúvida suficiente para tirar o sono de qualquer empresário. Ponderar vantagens -como a possibilidade de contratos vultosos- e possíveis desvantagens -atraso, calote, suscetibilidade a crises políticas, exposição negativa na mídia e no mercado- não é tarefa simples.
O labirinto da burocracia também desanima: o próprio governo federal admite que nem sempre o vencedor de uma concorrência pública é quem traz a melhor proposta, mas sim quem tem o melhor advogado, o mais capaz de captar (ou fabricar) brechas nos editais. No contra-ataque, iniciativas como o pregão eletrônico, com menos papéis e mais agilidade, ganham corpo e abrem as portas do setor público para fornecedores de todos os portes, acalentando sonhos nos pequenos.
Se transparência não é o forte dos governos, contudo, deve ser dos empresários-parceiros. Para não ver a credibilidade ruir sob um eventual turbilhão de denúncias, cabe ao empreendedor blindar-se com ação e comunicação, cumprindo sua parte no contrato e garantindo que com seus negócios lucrem empresa, governo e sociedade.

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