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CARREIRA EXECUTIVA
NEGÓCIOS
Fechar negócio com o governo pode levar empresário ao sonho de crescer ou ao pesadelo de falir
Fornecedor flutua entre lucro e incerteza
RENATO ESSENFELDER
EDITOR-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS
Negociar ou não com o governo, seja ele municipal, estadual ou federal, é dúvida suficiente para tirar o sono de qualquer empresário. Ponderar vantagens -como a possibilidade de contratos vultosos- e possíveis desvantagens -atraso, calote, suscetibilidade a crises políticas,
exposição negativa na mídia e no mercado- não é tarefa simples.
O labirinto da burocracia também desanima: o próprio governo federal admite que nem sempre o vencedor de uma concorrência pública é
quem traz a melhor proposta, mas sim quem tem o melhor advogado, o
mais capaz de captar (ou fabricar) brechas nos editais. No contra-ataque, iniciativas como o pregão eletrônico, com menos papéis e mais
agilidade, ganham corpo e abrem as portas do setor público para fornecedores de todos os portes, acalentando sonhos nos pequenos.
Se transparência não é o forte dos governos, contudo, deve ser dos
empresários-parceiros. Para não ver a credibilidade ruir sob um eventual turbilhão de denúncias, cabe ao empreendedor blindar-se com
ação e comunicação, cumprindo sua parte no contrato e garantindo
que com seus negócios lucrem empresa, governo e sociedade.
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