São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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Capacidade de liderança é a competência mais desejada

Definir metas e traçar o caminho para atingi-las ditam o bom desempenho

MARIA CAROLINA NOMURA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diante de desafios crescentes, da avalanche de informações e de metas agressivas, as competências mais exigidas dos executivos brasileiros, hoje, estão ligadas à gestão.
Atributos como capacidade de liderança, foco para resultados e visão estratégica são os mais valorizados, revela a pesquisa Datafolha.
As competências, que parecem subjetivas e abstratas, estão intimamente ligadas a resultados. Segundo os consultores, não adianta ser um líder carismático sem atingir objetivos. Tampouco funciona um time que bate metas, mas tem um relacionamento interno problemático.
"O líder precisa inspirar, desafiar e motivar a equipe a realizar seu potencial máximo. Para isso, tem de ser capaz de fazer com que cada um e todos aceitem o desafio e sintam que são relevantes", explica Jorge Antonio Dib, 48, diretor de relações com o mercado da Serasa Experian e da Experian América Latina que comanda 800 profissionais.
Cabe ainda ao executivo ter clareza dos objetivos da empresa e construir planos para atingir esses resultados, completa Eduardo Marques, diretor de operações da divisão de negócios executivos da EMA Partners Brazil, empresa de recrutamento.
"Já a visão estratégica vem da capacidade de antecipação, da observação de relações de causa e efeito e da identificação de cenários futuros", afirma Marques.
Ao mesmo tempo em que a capacidade de liderança é um requisito para o emprego, sua falta é uma das principais causas de demissão (11%), ao lado do não cumprimento de metas (34%), da dificuldade de relacionamento (25%) e da falta de competência ou de experiência (16%).

TRANSPARÊNCIA
Para Cláudio Vilardo, 36, diretor da divisão de negócios Norte/Nordeste da Kimberly-Clark, de produtos para higiene, o não cumprimento dos objetivos está relacionado principalmente à definição da meta ou à sua execução, o que envolve o relacionamento com a equipe.
Silvia Gerson, consultora da Stanton Chase, multinacional de seleção de executivos, diz que outro fator que mina o resultado do trabalho é a falta de transparência.
"Muitas vezes, o profissional é contratado acreditando que encontrará um cenário 'x' e, quando chega à empresa, percebe que não tem as ferramentas para trabalhar, seja por um corte de funcionários, seja porque foram definidas metas muito agressivas sem seu conhecimento."


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