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História
Relação com alunos ajuda na pesquisa acadêmica
Coordenadora da historia da USP atuou na formação de docentes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os oito livros publicados, a livre docência na USP e até o cargo de direção do departamento
de história da universidade tiveram, de certa forma, a mesma origem: um convite para iniciar uma tese de mestrado que Maria Helena Capelato recebeu logo após se formar e sem nunca ter pensado em seguir carreira acadêmica. Na época, ela nem sabia exatamente o que era projeto de pesquisa, mas, no fim, a tese deu origem a um livro, que alimentou o já bem nutrido gosto pela pesquisa, e ela não conseguiu mais parar.
Apesar do sucesso como pesquisadora, contudo, Maria Helena diz desconfiar que um dos principais fatores de sua bem sucedida carreira esteja entre o quadro-negro e uma turma de alunos atentos.
Aos dez anos ela já dava aulas particulares e foi pensando em ser professora do ensino médio
que resolveu cursar história. Após o mestrado chegou a lecionar em escolas, mas logo voltou à faculdade.
Em toda a carreira nunca deixou de ter contato com alunos e vê nessa troca de experiências um dos fatores mais importantes para seu desenvolvimento profissional.
Ao mesmo tempo em que lecionava na USP, Maria Helena atuou em diversos órgãos ligados
ao ensino universitário, onde desenvolveu o traquejo de administradora que hoje utiliza
na direção do departamento. Mas nunca conseguiu cumprir o objetivo de lecionar no
ensino médio da rede pública e, por isso, sempre acreditou ter uma dívida com o setor. Resolveu
o problema engajando-se na capacitação de professores do ensino estadual.
Viajou todo o Estado de São Paulo dando aulas e diz ter enriquecido ainda mais o currículo.
Esses conhecimentos amplos, de acordo com ela, também ajudam a exercer a função de coordenadora do departamento de história.
Caminho
Determinação é a primeira das qualidades que Maria Helena julga necessárias para ter sucesso na profissão.
Segundo ela, a evolução acadêmica leva tempo e, atualmente, mestrado e doutorado deixaram de ser um diferencial para se tornarem um pré-requisito. (TC)
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