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Administração
Aprendizado de diretor foi no balcão, atendendo público
Hélio Seibel comanda empresa da construção civil
RAFAEL TARGINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Diretor da Leo Madeiras, Hélio Seibel não pára. Chega atrasado para a entrevista e, enquanto
o repórter explica como será a conversa, levanta e vai atrás da secretária. "Hoje estou um pouco corrido", diz, tentando se desculpar pela pressa.
Na sala de reuniões, dois computadores, pilhas de projetos e um anúncio de venda de aviões executivos. O Blackberry (celular que permite escrever e enviar e-mails) está sempre à mão. Na parede, as metas da empresa para 2007.
"E ainda criei um hábito do qual eu não consigo me livrar mais: trabalhar à noite. Minhas reuniões costumam ser depois das seis", conta -enquanto isso, a secretária entra na sala com papéis para serem assinados.
Ele dá uma lida rápida no primeiro, assina e reclama do segundo: um nome está errado.
Chefe de uma das maiores empresas de suprimentos da construção civil -o grupo que ele dirige é dono da Leo e sócio das lojas de bricolagem Leroy Merlin no país, entre outras-,
Hélio Seibel formou-se em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas em
1975. Trabalhava na empresa do pai desde o segundo ano do ensino médio, por volta de 1969. Na época, a Leo Madeiras era uma pequena loja no Brás, região central de São Paulo.
"Nos primeiros dez anos, a loja tinha apenas quatro funcionários.
Não apliquei tudo o que eu aprendi no começo, mas eu trabalhava na linha de frente, no balcão, fazendo pagamentos.
Tive um aprendizado que a maioria não teve", afirma.
Chefe aos 20
O pai, dono da empresa, foi saindo aos poucos do comando.
Quando percebeu, praticamente tocava o negócio sozinho aos 20 anos. Foi aí que a faculdade
fez diferença. "Mesmo assim, há um lado que não se aprende na escola. É o que eu digo: conhecimento a faculdade dá; sabedoria a vida ensina." Hoje, são 38 lojas e 800 funcionários.
Conhecimento por conhecimento, Seibel é categórico: não dá para um administrador não
ter uma boa base de contabilidade. "Assim como o português, a contabilidade é uma língua.
Ela conta sobre a parte financeira da empresa", diz.
Seibel se considera um caso a típico. "Nunca precisei me preocupar com emprego. Por isso, sempre raciocinei focado na melhor alternativa para a empresa", afirma.
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